Publicado em: 17/06/2013 às 17:20hs
Em Mato Grosso, aproximadamente 500 mil sacas de sementes foram produzidas e devem garantir o plantio de pouco mais de 10% da a?rea. A aprovac?a?o da biotecnologia pela China,maior consumidor da soja brasileira, foi destaque no Semina?rio Caminhos da Soja, realizado em Sa?o Paulo pelo jornal Valor Econo?mico e a Monsanto Brasil. Aumento da produtividade e reduc?a?o no uso de inseticidas sa?o os principais atrativos para cultivo da variedade. Desenvolvedora da tecnologia, a Monsanto divulgou que disponibiliza 3 milho?es de toneladas de sementes ja? para esta safra.
Presidente da empresa no Brasil, Rodrigo Santos destacou que a viabilidade da tecnologia foi testada em mil propriedades rurais nas regio?es Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste e os resultados foram excelentes. “Tivemos um aumento de produtividade de 6 sacas por hectare, o que representa um acre?scimo de R$ 292 por hectare. E? um aumento promissor que vai favorecer a competitividade do agricultor brasileiro”.
Santos tambe?m ressaltou que a nova soja vem de encontro com os grandes desafios do setor agri?cola: produzir mais sem abrir novas a?reas. “As projec?o?es apontam que sera? necessa?rio dobrar a produc?a?o atual de soja para atender o mercado nos pro?ximos anos, ou seja, passar das 3 toneladas por hectare para 6. Precisamos fazer isso, mas conservando os recursos naturais”.
Outro benefi?cio da Intacta RR2 e? o controle da lagarta Helicoverpa, uma das pragas mais graves na u?ltima safra brasileira, que trouxe grandes prejui?zos principalmente para sojicultores de Mato Grosso e tambe?m da Bahia. Ale?m de causar desfolha nos pe?s da soja, ela tambe?m causa danos diretos na produtividade ao se alimentar de flores e vagens.
Gladir Tomazelli, vice-presidente te?cnico da Associac?a?o dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), afirmou que nas lavouras experimentais no Estado foi detectada uma maior resiste?ncia da Intacta, o que deve resultar na reduc?a?o de aplicac?o?es e, consequentemente, menos gastos nas lavouras. “Esse e? um dos principais pontos. Vamos economizar inseticidas, ma?o de obra, combusti?vel e ate? a?gua”.
Dados da consultoria Kleffmann apontam que, o nu?mero me?dio de aplicac?o?es foliares com inseticidas para controle de lagartas nas lavouras de soja no Brasil passou de 3,6 por hectare na safra 2010/11 para 4,6 em 2012/13. O gasto por hectare foi 107% maior em dois anos. Nas plantac?o?es ex- perimentais da Intacta estes nu?meros foram menores.
Um estudo relizado pela MB Associados estimou tambe?m os efeitos que o cultivo da nova variedade na produc?a?o agri?cola brasileira. Quando 50% da a?rea cultivada no Brasil adotar a Intacta, o salto na produc?a?o sera? de 4,8 milho?es de toneladas, uma expansa?o de 6%. Consequentemente, tambe?m vai gerar um aumento de renda para o produtor na ordem de R$ 4,2 bilhoes. O diretor Jose? Roberto Barros apontou ainda um efeito cascata em outras a?reas, como gerac?a?o de ma?o-de-obra direta e indireta, reduc?a?o do impacto ambiental e incremento na balanc?a comercial brasileira.
Uma das grandes preocupac?o?es do setor ainda e? com o pagamento dos royalties sobre a transge?nica Intacta. A Monsanto afirma que vai divulgar nos pro?ximos dias o valor cobrado. Em 2011, a empresa teria divulgado um valor de R$ 115 por hectare, bem acima do cobrado hoje, mas na?o confirmou se ele sera? mantido.
Para Gladir Tomazelli, a expectativa e? que o valor cobrado seja compensado com a economia nas aplicac?o?es de inseticidas na plantac?a?o. Mesmo assim o lucro ao produtor seria garantido com os ga- nhos em produtividade.
Fonte: A Gazeta
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