O milho transgênico RR2, que permite o uso de glifosato no combate às plantas daninhas, tem produtividade 4,7% maior com manejo assistido, conforme monitoramento em 163 áreas comerciais divulgado pela Monsanto, multinacional que desenvolveu a tecnologia. O diferencial foi atribuído às possibilidades que o RR2 abre na condução da lavoura.

Entre as 163 talhões monitorados, 57 ficam no Paraná. O acompanhamento ocorreu na safra 2011/12. Numa parte dessas lavouras, os produtores continuaram adotando as práticas de seu conhecimento. Na outra parte, seguiram as recomendações dos técnicos representantes da tecnologia Roundup Ready 2, que foi aprovada em 2008 pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e estaria em expansão. Segundo a Monsanto, “81% das áreas assistidas aumentaram a produtividade numa média de 4,7%”.

Segundo Thiago Bortoli, gerente de Biotecnologia para Milho da Monsanto, a tecnologia RR2 permite aplicar para o cereal práticas que os produtores conhecem no cultivo de soja RR. “O glifosato controla um espectro maior de plantas daninhas em estágios mais avançados”, cita, em comparação com os herbicidas convencionais. Outro fator que ajuda a elevar a produtividade é o uso de adubação de cobertura na lavoura transgênica. Com produtividade perto de 5% maior, os produtores que participaram da pesquisa da Monsanto dizem que vão aumentar o plantio de milho, numa safra em que as apostas do verão tendem a se concentrar na soja, mostram depoimentos divulgados pela empresa. A participação das sementes transgênicas se aproxima de 90%.