Publicado em: 23/02/2012 às 16:00hs
O Ministério do Meio Ambiente baseou a nova solicitação em estudos que mostram a contaminação das lavouras cultivadas com variedades tradicionais.
A França apontou ainda que vai manter a proibição local ao plantio da única variedade de milho geneticamente modificado autorizada na União Europeia.
O país mantém desde 2007 postura contrária ao produto da norte-americana Monsanto por considerar que ele implica em contaminação dos plantios tradicionais e do pólen usado na produção de mel, outro produto importante para o país.
A postura francesa é alvo de irritação dos diplomatas dos Estados Unidos, como revelaram em 2010 telegramas filtrados pelo projeto Wikileaks.
Durante o governo de George W. Bush, embaixadores chegaram a sugerir uma retaliação “ao estilo militar” como forma de punir economicamente a União Europeia e fortalecer as vozes a favor da biotecnologia, isolando a França e os pesquisadores contrários às alterações genéticas, que veem no uso da transgenia danos à saúde e ao meio ambiente.
O governo da nação europeia vale-se do “princípio da precaução”, uma norma presente na constituição de vários países assegurando que nenhum Estado tem o poder de expor seus cidadãos a substâncias sobre as quais pesem dúvidas quanto aos riscos que acarretam.
O caso do MON 810 levou a uma discussão para permitir aos países da União Europeia imporem, individualmente, barreiras ao plantio de transgênicos.
A França e outras nações, porém, anseiam por uma proibição continental para evitar que a contaminação por meio da fertilização cruzada leve à inocuidade dos vetos locais.
Fonte: Correio do Brasil
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