Publicado em: 08/05/2024 às 18:20hs
A China aprovou nesta quarta-feira a segurança do trigo geneticamente editado pela primeira vez, marcando um passo significativo para a introdução cautelosa do cultivo comercial de culturas geneticamente modificadas no país, como parte do esforço para assegurar a segurança alimentar.
Em 2022, a China aumentou as aprovações para sementes de milho e soja transgênicas, que têm maior produtividade e resistência a insetos e herbicidas. No entanto, a implementação do cultivo dessas culturas ainda é lenta e cuidadosa, devido a preocupações relacionadas ao impacto na saúde humana e no meio ambiente.
Há expectativas de que Pequim aprove novas regulamentações este ano para rotulagem de culturas geneticamente modificadas em produtos alimentícios, conforme relatado pela mídia estatal em março.
A edição genética é diferente da modificação genética, pois não envolve a introdução de genes estranhos, mas sim a alteração de genes existentes para aprimorar ou alterar o desempenho da planta. Por isso, alguns cientistas a consideram uma abordagem menos arriscada em comparação à modificação genética.
Na mesma quarta-feira, o Ministério da Agricultura chinês também aprovou uma variedade de milho geneticamente modificado resistente a herbicidas e insetos, além de outra variedade de milho editado geneticamente para maior rendimento. Os certificados de segurança para essas novas culturas foram emitidos por um período de cinco anos, a partir de 5 de maio, de acordo com um documento divulgado pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.
A China, o maior importador mundial de soja e milho, está buscando aumentar a produção nacional por meio de sementes de maior rendimento, com o objetivo de reduzir a dependência de importações que ultrapassam 100 milhões de toneladas por ano. Essas novas aprovações representam um avanço importante para a autossuficiência e a segurança alimentar do país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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