Publicado em: 01/11/2023 às 07:30hs
A Bunge (NYSE: BG), uma das maiores empresas globais do agronegócio e de alimentos, e a Bangkok Produce Merchandising Public Company Limited (BKP), uma empresa subsidiária da Charoen Pokphand Foods Public Company Limited (CPF), líder mundial em alimentos, assinaram um memorando de entendimento para colaborar no desenvolvimento de uma solução blockchain para a rastreabilidade de soja e produtos livres de desmatamento. O acordo envolve grãos originados pela Bunge no Brasil com destino a diversos países na Ásia, onde a CPF e a BKP produzem e comercializam rações e alimentos.
A parceria permitirá que ambas as empresas realizem estudos de viabilidade técnica, comercial e operacional para a construção de uma cadeia de suprimentos sustentável e digitalmente integrada. O acordo tem o objetivo de transferir dados de rastreabilidade dos grãos, envolvendo informações desde o campo até o destino ao cliente final.
Paisarn Kruawongvanich, CEO da Bangkok Produce Merchandising PCL (BKP) disse que a tecnologia blockchain melhorará a rastreabilidade da cadeia de abastecimento de alimentos da Charoen Pokphan Group para ser ainda mais transparente e garantir a qualidade e segurança do produto para seus clientes. O acordo com parceiros comerciais globais está alinhado com o compromisso de alcançar uma cadeia de abastecimento net zero em 2050.
“Rastrear as matérias-primas em todo o mundo, incluindo a soja, até às suas fontes, é fundamental para garantir que as matérias-primas de origem direta e indireta não provenham de áreas de invasão ou de desflorestamento”, acrescentou Kruawongvanich.
"A Bunge busca ser o parceiro preferencial de soluções sustentáveis para produtores e clientes. A parceria com a BKP reflete nossa visão de negócio que tem a tecnologia como importante ferramenta. Nos últimos anos, construímos um robusto sistema de verificação socioambiental, que inclui avançada rastreabilidade e monitoramento de nossos fornecedores. Acreditamos que, junto com nossos clientes, construiremos cadeias de suprimentos sustentáveis e com uma camada adicional de confiabilidade garantida pelo blockchain", explica Rossano de Angelis Jr, vice-presidente de Agronegócio da Bunge para a América do Sul.
O monitoramento realizado pela companhia cobre mais de 16 mil fazendas e cerca de 20 milhões de hectares na América do Sul e conta com tecnologia de satélite de última geração, capaz de identificar mudanças no uso do solo e plantio de soja em cada propriedade monitorada. No Brasil, a Bunge monitora, atualmente, toda a sua rede de fornecimento direto em áreas sujeitas a desmatamento e caminha para cobrir totalmente a rede indireta em 2025. Mais de 97% do volume de soja adquirido pela Bunge é livre de desmatamento e conversão verificados, o que aproxima a empresa de sua meta de desmatamento zero em 2025.
Ao envolver duas empresas globais, a escala da iniciativa tem potencial para elevar os padrões de transparência na cadeia de valor da soja brasileira e aumentar a confiança de consumidores finais em produtos derivados de soja em todo o mundo.
Por meio do memorando, as companhias também se comprometem a discutir possibilidade de colaboração futura em outros serviços como explorar oportunidades para integração mais profunda entre sistemas com foco em viabilizar transferência de dados em tempo real, aferir a pegada de carbono dos volumes comercializados com a BKP e aprimorar a solução digital de rastreabilidade para sua compatibilidade com padrões de certificações de sustentabilidade como RTRS (Round Table on Responsible Soy) e ISCC (International Sustainability & Carbon Certification).
Fonte: Bunge
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