Publicado em: 22/11/2021 às 08:20hs
Mais que isso: revolucionar produção e produtividade, respeitando o meio ambiente e as pessoas é o que há de mais oportuno nos dias de hoje. E as agritechs, startups com soluções tecnológicas para o agronegócio, são a grande atração para acelerar o ambiente de revolução digital no campo.
Até 2050, seremos 9 bilhões de pessoas no mundo. Teremos de aumentar em 70% a produção de alimentos para suprir essa demanda, de acordo com Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). E o Brasil tem tudo para ser o grande protagonista desse desafio. O país é campeão mundial de crescimento em produção e exportação de alimentos nos últimos dez anos. Tem água, terra e clima para continuar crescendo e atender ao chamado da FAO. O que falta para o país assumir, de vez, esse protagonismo e ser o celeiro do mundo?
Arrisco a dizer que é o aumento de produtividade com uso de tecnologia. Segundo dados da CNA, mais de 70% dos produtores brasileiros são pequenos e têm dificuldade de acesso à tecnologia. É nesse cenário que ganha ainda mais relevância o propósito de associação com startups de agritech para fazer com que estes negócios escalem de forma estruturada e em conexão direta com o produtor rural e com a agroindústria.
É preciso incentivar startups que resolvam as dores do produtor rural. Precisamos de ideias inovadoras e empreendedores engajados para fazer com que o agronegócio cresça ainda mais e de forma saudável. Por iniciativa do SISTEMA FAEMG, maior federação de agricultura e pecuária do país que tem em sua base de associados mais de 400 mil produtores rurais, das mais diversas cadeias produtivas, e 380 sindicatos espalhados pelo estado de Minas Gerais, foram mapeadas as dores que demandam soluções inovadoras.
Começamos a conexão dos produtores rurais de Minas Gerais, que é o estado com a maior diversidade agrícola do país. Após essa validação em terras mineiras, já estamos replicando o processo no país todo.
Os pequenos produtores rurais superam dia após dia a dificuldade de acesso ao mercado. São eles que sinalizam a mudança em curso. Ou seja: utilização de plataformas digitais presentes em nosso portfólio – as quais, além de encurtarem o caminho entre vendedores e compradores no Brasil e no exterior, oferecem soluções inovadoras, voltadas para compra coletiva de insumos; controle ambiental; monitoramento e comercialização.
Por Leonardo Dias, CEO da NovoAgro Ventures, Corporate Venture Builder com foco em soluções para o Agronegócio. É formado em engenharia elétrica pela UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais; foi subsecretário de ciência tecnologia e inovação do Governo de Minas Gerais (2015/18) e ajudou a liderar programas de fomento ao empreendedorismo e inovação como o projeto de aceleração de startups Seed, o portal Simi; a Finit (Feira internacional de negócios, inovação e tecnologia) e o Hub Minas Digital – novoagro@nbpress.com.
Fonte: NB Press Comunicação
◄ Leia outros artigos