O Centro de Pesquisa da Embrapa Agrossilvipastoril foi inaugurado na sexta (6) em Sinop. A unidade fará pesquisas focadas nos sistemas integrados de produção e congregará tecnologias vindas de todos os cantos do país e do mundo. De acordo com o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, o novo centro de pesquisas irá trazer mais avanços para a produção agrícola de Mato Grosso. “Com esta unidade teremos a certeza de que poderemos produzir mais alimentos, com segurança e tecnologias de ponta”, afirmou.

Para Fávaro, é fundamental que haja recursos suficientes para que a Embrapa possa realizar as pesquisas com tranquilidade e, assim, entregar para os produtores rurais brasileiros tecnologias que tragam independência na hora do plantio. Já o presidente da Embrapa, Pedro Antônio Arraes Pereira, acredita que, além de recursos, os pesquisadores precisam ter foco. “Nós precisamos saber exatamente qual é o nosso papel. A Embrapa precisa fazer pesquisas de maior risco, de longo prazo, que as empresas privadas não fazem”, explicou.

O ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, compareceu à inauguração e ressaltou a importância da Embrapa para o país. “Esta unidade irá agregar conhecimento em um só local e vai consolidar o Brasil como o maior produtor de grãos do mundo”, afirmou. Para o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, a Embrapa vem reforçar o desenvolvimento do estado. “A agricultura está forte na grande maioria do estado, mas com a Embrapa fazendo mais pesquisas poderemos consolidar, junto com o investimento em logística, o setor nas regiões Leste e no Araguaia”, disse.

Estrutura - Na Embrapa Agrossilvipastoril, pesquisadores de outras sete Unidades da Embrapa já desenvolvem suas atividades de maneira conjunta com a equipe local.  Atualmente, o Centro de Pesquisa conta com 12 pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Algodão, Embrapa Soja, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Florestas, Embrapa Mandioca e Fruticultura e Embrapa Produtos e Mercado. Todos eles são sediados em Sinop e desenvolvem suas atividades na região. Os 24 laboratórios do novo Centro de Pesquisa são multiusuários, o que significa que os equipamentos serão compartilhados por todos os pesquisadores, aproveitando-se ainda mais sua potencialidade.

Na Embrapa Agrossilvipastoril, a integração do conhecimento também se estenderá a outras instituições. A Unidade foi construída já com espaços para que pesquisadores visitantes e parceiros institucionais possam desenvolver seu trabalho. Um exemplo é o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), que já tem um pesquisador alocado no Centro de Pesquisa.