Publicado em: 13/07/2012 às 20:00hs
O país africano aprovou a criação do Instituto Nacional de Irrigação e planeja ampliar a área cultivada, incluindo a produção de frutas.
Como parte desse esforço de reestruturação do setor, dois técnicos do Ministério da Agricultura de Moçambique, Almeida José Almeida e Aurélio Antônio, visitaram na Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) o projeto de manejo e avaliação de novas espécies frutíferas alternativas para as áreas irrigadas do Vale do São Francisco. “Nós vimos o Brasil como um exemplo no setor de irrigação a nível mundial”, afirma Almeida.
No Campo Experimental de Bebedouro, em Petrolina, os técnicos viram de perto, nas áreas de testes, culturas como caqui, pera, cacau e maçã em condição semiárida tropical. O pesquisador responsável pelo projeto, Paulo Roberto Coelho Lopes, apresentou os resultados promissores já alcançados com as pesquisas, que apontam para a possibilidade de colher estas frutas em épocas diferenciadas das regiões tradicionalmente produtoras.
“Nós em Moçambique também temos área semiárida, então acho que esse exemplo que estamos a ver aqui é possível introduzir nessas zonas, observa Aurélio Antônio. Segundo ele, o país tem um potencial de cerca de 3 milhões de hectares de áreas irrigáveis, mas somente 120 mil possuem infraestrutura, dos quais apenas metade está em funcionamento.
De acordo com o técnico, o governo do país hoje dá prioridade à produção irrigada de culturas com maior déficit alimentar, como é o caso do arroz, trigo e da horticultura. No entanto, com a aprovação da estratégia de irrigação, em 2010, a previsão é de um aumento de 50 mil hectares para diversas culturas.
Durante a visita à Embrapa Semiárido, ocorrida no dia 4 de julho, os técnicos de Moçambique estiveram acompanhados da Assessora Técnica da Secretaria Nacional de Irrigação, Adriana Oliveira Cavalcanti, e de Marcelo Mergulhão, da Unidade de Apoio à Produção da 3ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).
Fonte: Embrapa Semiárido
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