O primeiro passo foi uma visita técnica ao Pollen Parque Científico e Tecnológico de Chapecó, com a intenção de conhecer a estrutura, as empresas instaladas e os segmentos que atuam no local, além de identificar possibilidades de parcerias para aprimoramento de produtos ou realização de pesquisas de mercado. Participaram aproximadamente 30 empresários do setor associados ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Chapecó (Simec).

A programação contemplou também apresentação do Mapeamento do Ecossistema de Inovação, realizado em 2022, com os objetivos de estimular o empreendedorismo, fortalecer o ecossistema de inovação e unir os diferentes atores para fomentar negócios inovadores. A iniciativa foi do Sebrae/SC, em parceria com o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Administração Municipal, entidades e empresas.

Essa proposta visa concentrar esforços para estimular, gerar e consolidar empresas inovadoras que atendam as demandas de mercado conforme as vocações econômicas regionais. Também incentiva a promoção de ações conjuntas para fortalecer os setores estratégicos, incentivar o surgimento de novas empresas e apoiar o crescimento daquelas que estão atuando para torná-las cada vez mais competitivas.

“No ano passado definimos os grupos de trabalho conforme os setores elencados como prioritários, mas em paralelo também temos as ações promovidas pelo Simec, que possui mais de 180 associados, fabricantes de máquinas, material elétrico, automação e equipamentos”, comenta o empresário da Automazoom Soluções Industriais, diretor setorial de elétrica, automação, hidráulica e pneumática do Simec e líder do grupo no Ecossistema de Inovação, Fábio Luiz Araldi Petik.

Segundo o empresário, as empresas desse setor na região oeste catarinense têm como cultura facilitar a inovação, o que representa 60% a 70% dos trabalhos. Então, acabam realizando estudo de mercado, aceleração e toda a operação com recursos próprios. “Nossa intenção é aproximar o setor do ecossistema de inovação para dinamizar esse processo de desenvolvimento de produto, para que as empresas construam projetos em parceria e busquem auxílio de recursos em fundos perdidos, por exemplo”, destaca.

Essa articulação do setor resultará na aplicação correta de recursos porque reduzirá o risco de elaborar um equipamento que não traga o retorno financeiro almejado e otimizará o tempo de produção porque utilizará estudos ou tecnologias pré-existentes para a elaboração de uma nova solução. “Essas são nossas metas ao fomentar uma rede de apoio, divulgar as opções disponíveis para captação de recursos e encorajar oportunidades de qualificação profissional para suprir nossa crescente demanda de recursos humanos. Inclusive, em parceria com o Senai, que já disponibilizava qualificação nessa área, estamos auxiliando a redesenhar os cursos conforme a realidade regional, a exemplo de um curso rápido de torneiro mecânico”, enfatiza Petik.

Durante a visita técnica os empresários também participaram de workshop sobre recursos para o desenvolvimento das empresas, conduzido pelo analista da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Douglas Freitas Costa. As principais linhas apresentadas foram Inovacred, Inovacred Conecta, Inovacred Telecom, Inovacred Telecom Conecta, Inovacred Expresso e Inova Cred. 4.0.

DIMENSÃO DO SETOR

Conforme o Observatório FIESC, no setor de máquinas e equipamentos em Santa Catarina, os 3.776 estabelecimentos ativos em 2021 geraram 59.537 empregos formais. O setor também foi responsável por US$ 697,4 milhões de exportações e US$ 2,4 bilhões de importações em 2022.  No ranking estadual ocupa a 5ª posição em exportações, a 6ª em número de estabelecimentos, a 5ª em geração de empregos e a 10ª em produtividade.