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Pioneer anuncia estação de pesquisa em Guarapuava

A DuPont, cujo braço de produção de sementes é a Pioneer, já possui uma unidade de produção de sementes no município, e autorizou um pacote de investimentos em todas as unidades no país


Publicado em: 20/11/2012 às 09:10hs

Pioneer anuncia estação de pesquisa em Guarapuava

A Pioneer, empresa produtora de sementes da americana DuPont, anunciou a instalação de uma estação de pesquisa em Guarapuava em 2013, segundo entrevista com o diretor da companhia no Brasil, Roberto de Risso, publicada no jornal Valor Econômico na última quarta-feira, 14. Desde 2011 a empresa possui uma unidade de reprodução de sementes de soja no município.

A ampliação da estrutura da empresa no município faz parte de um pacote de investimentos de US$ 122 milhões (cerca de R$ 254 milhões, em valores atuais) que tem o intuito de alavancar a capacidade produtiva da empresa em soja e milho no Brasil.

De acordo com a publicação, os investimentos incluem a construção de uma segunda planta de beneficiamento de sementes de soja, que já foi iniciada, a ampliação das unidades de beneficiamento de milho existentes, a ampliação da estrutura para testes e a construção do seu sétimo centro de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias no país – esse último, em Guarapuava.

O maior investimento da companhia, de R$ 64 milhões, será em uma unidade de beneficiamento de sementes de soja na cidade de Catalão (GO), que terá sua capacidade anual ampliada para 2,2 milhões de sacas de 40 quilos. Com isso, a DuPont pretende abocanhar 11% do mercado nacional.

Sem abrir números, a DuPont Pioneer revela que investe 5% do seu faturamento anual dentro dos laboratórios, na corrida por inovações e novas tecnologias. No Brasil, a companhia já possui seis deles.

A sétima estação, em Guarapuava, será destinada a pesquisas com soja e deverá começar a funcionar já em 2014. “Em todas essas operações, acrescentaremos mais 200 vagas diretas em dois anos”, disse Rissi ao jornal Valor.

A DuPont do Brasil foi procurada pelo Diário, por meio da assessoria de imprensa, a respeito do valor dos investimentos e dos detalhes do projeto no município, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição (sexta-feira, dia 16, às 15h).

No país, a DuPont como um todo – áreas química, de proteção e agrícola – faturou em 2011 R$ 2,4 bilhões. A companhia, no entanto, não divulga dados específicos por área de atuação.

Milho

Na área de milho, a companhia pretende investir outros US$ 60 milhões (cerca de R$ 125 milhões) na modernização de suas duas unidades do Rio Grande do Sul e nas duas que mantém em Goiás. A intenção é elevar a capacidade total de produção para 7 milhões de sacas de milho por ano. Hoje, as sementes de milho da Pioneer representam 30% do mercado doméstico, mas atendem também Venezuela e Paraguai. A empresa não informou em quanto esses investimentos poderão elevar sua participação no mercado.

A necessidade de capacidade de produção de sementes de milho da Pioneer é uma resposta ao bom cenário para a comercialização da commodity no país, que deverá se consolidar como um dos três maiores exportadores globais nos próximos anos.

De um lado, o domínio de novas tecnologias (transgênicas ou não) fizeram a produtividade ser alavancada no campo, reduzindo as perdas do agricultor. De outro, novas possibilidades comerciais para o Brasil foram abertas com o avanço da produção de etanol nos EUA, que reteve mais milho no próprio mercado americano. A seca americana deste ano sepultou a situação americana, ao diminuir os estoques globais do cereal, elevar seu preço e aquecer a demanda. Essa janela de exportação mudou a lógica da cadeia de milho no Brasil.

Fonte: Diário de Guarapuava

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