A partir de hoje, 21, até a próxima quinta-feira (23), acontece em Lima, Peru, a VI Reunião Internacional do Fórum das Américas para a Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (FORAGRO), que contou com a presença de autoridades peruanas e do Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, Víctor M. Villalobos, em sua cerimônia de abertura.

Na reunião, participam mais de 200 pesquisadores, extensionistas e produtores, que procuram promover parcerias que fortaleçam a incorporação da inovação produtiva na agricultura familiar da América Latina e do Caribe (ALC).

A abertura do encontro foi presidida por Milton Von Hesse, Ministro de Agricultura do Peru; acompanhado por Antonio Flórez Martínez, chefe do Instituto Nacional de Inovação Agrícola (INIA) e presidente do FORAGRO; e Mark Holderness, Secretário Executivo do Fórum Global de Pesquisa Agropecuária (GFAR).

Von Hesse apontou a necessidade de fortalecer a agricultura familiar, especialmente nas altas regiões andinas em seu país, por meio da inserção de novos conhecimentos e tecnologias.

"Estamos aqui para trocar informações científicas, que logo deverão se tornar políticas públicas que beneficiem os produtores”, afirmou Von Hesse.

Flórez Martínez disse que a reunião deve mobilizar acordos que permitam levar a inovação aos agricultores familiares e de pequena escala. "Sua atividade é básica para a segurança alimentar da ALC", afirmou.

Segundo Holderness, “esta região tem lições importantes para o resto do mundo, especialmente na geração de capacidades para fortalecer a extensão e o agronegócio”.

Víctor M. Villalobos, Diretor Geral do IICA, abriu o primeiro painel temático do encontro, destacando os desafios da agricultura familiar até 2030.

"A agricultura familiar representa cerca de 14 milhões de unidades produtivas na ALC e gera de 57% a 77% dos empregos rurais. Se não se promove a inovação nesse setor não haverá maior competitividade e freia o desenvolvimento dos produtores", afirmou Villalobos.

O Diretor Geral do IICA destacou o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), que há três décadas incorporou ao setor privado como destino e fonte de recursos de seus pesquisadores. O resultado: hoje oferta serviços e gera impactos positivos na agricultura familiar da ALC, África, Europa e Norte América.