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Pesquisa utiliza celulose e bagaço de cana-de-açúcar como filtro de metais pesados na indústria

O estudo visa desenvolver novas tecnologias para o tratamento de efluentes industriais


Publicado em: 06/03/2013 às 15:30hs

Pesquisa utiliza celulose e bagaço de cana-de-açúcar como filtro de metais pesados na indústria

Projeto coordenado pelo professor de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, do Departamento de Química (Dequi, Leandro Vinicius Alves Gurgel, da Universidade Federal de Ouro Preto, foi contemplado no último edital da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). A pesquisa intitulada como “Estudos Físico-Químicos da esterificação de celulose e de bagaço de cana-de-açúcar com anidrido ftálico e trimelítico: aplicação na remoção de metais tóxicos e corantes industriais de soluções ideais e efluentes reais”, garantiu um recurso de mais de R$30 mil.

O estudo visa desenvolver novas tecnologias para o tratamento de efluentes industriais, que são os resíduos produzidos pelas indústrias, diminuindo assim os custos do tratamento, e criando ainda novas alternativas ambientalmente amigáveis.

O pesquisador explica como a aplicabilidade da celulose e do bagaço de cana-de-açúcar: “Eles seriam utilizados como suportes sólidos insolúveis em água para captação de metais e corantes. Sendo insolúveis em água, eles podem ser removidos por decantação ou mesmo podem estar empacotados em uma coluna por onde o fluxo de efluente a ser descontaminado passe.”

Gurgel ainda completa. “Em termos econômicos é mais vantajoso usar o processo em fluxo. O efluente que sai do processo pode ser imediatamente descontaminado e dessa forma poderia ser lançado em qualquer corpo d' água, dentro da legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).”

A celulose usada no projeto é a mesma usada na produção de papel, cedida pela Celulose Nipo-Brasileira S/A (Cenibra). O projeto tem a duração prevista de dois anos, podendo ser prorrogado por mais um ano. Participam também da pesquisa os professores Laurent Frédéric Gil e Tânia Márcia Sacramento Melo, e a aluna de iniciação científica Ludmylla Tamara Crepalde.

Fonte: Painel Florestal

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