Publicado em: 05/03/2012 às 08:00hs
Pesquisadores da Embrapa vão ter um apoio extra no início de 2012. Oito projetos voltados para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira receberão, ao todo, R$ 3,8 milhões do Fundo Embrapa-Monsanto. O valor é parte do arrecadado em direitos de propriedade intelectual, a título de royalties, com a venda de variedades de soja da Embrapa com tecnologia Roundup Ready na safra 2010/2011.
A Monsanto já repassou ao Fundo de Pesquisa, de 2006 até este ano, mais de R$ 29 milhões que beneficiaram dezenas de projetos, em sua maioria em biotecnologia, de diversas unidades da Embrapa. Os trabalhos foram selecionados por um comitê gestor. As pesquisas são voltadas para culturas importantes no Brasil – milho, trigo, soja e arroz– e para solução de problemas que afetam a um grande número de produtores.
A manutenção de um fundo em parceria com uma instituição brasileira reforça o compromisso da Monsanto com o país. “A iniciativa abre caminho para o desenvolvimento de outras tecnologias que podem beneficiar o agricultor brasileiro”, diz André Dias, presidente da Monsanto do Brasil. “ Diante do crescimento da população mundial, acreditamos que podemos ser uma alternativa para suprir à demanda por alimentos e fibras. Esse feito só será possível com um esforço conjunto de clientes, governos, organizações não-governamentais, acadêmicos e indústria, para tornar a agricultura mais sustentável.”
Para a Embrapa, a parceria com a Monsanto é estratégica. “Acordos como este, com foco na pesquisa agrícola e inovação, são fundamentais, e estão alinhados com as prioridades do governo, no sentido de reunir os setores público e privado no enfrentamento do desafio global de aumentar a produtividade agrícola de maneira sustentável”, completa o diretor-presidente da Embrapa, Pedro Antônio Arraes Pereira.
Projetos Beneficiados:
1. Manejo da área de refúgio em milho Bt, visitantes florais e toxicidade de proteínas Bt em abelhas.
2. Variação genética e de virulência de Magnaporthe oryzae do trigo e de Poáceas invasoras
3. Melhoramento genético preventivo: introgressão de genes de resistência a Xanthomonas oryzae pv. oryzae em cultivares comerciais de arroz para sustentabilidade da rizicultura e minimização de danos causados pelo patógeno em sua eventual entrada no Brasil
4. Obtenção de plantas GM tolerantes ao estresse hídrico com gene patenteado pela Embrapa - Prova de Conceito
5. Engenharia metabólica de soja para a manipulação de genes associados a ácidos graxos.
6. Desenvolvimento e Validação de Metodologias para Garantia da Qualidade, Segurança, Valor Nutricional e Detecção de Fraude em Leite e Produtos Lácteos
7. Programa de desenvolvimento de linhagens de soja geneticamente modificadas com os genes Bt e RR2, concomitante à elaboração de um programa de contenção e rastreamento – ‘Stewardship’
8. Desenvolvimento de estratégias para o aperfeiçoamento do sistema de manejo integrado da lagarta-do-cartucho
Sobre o Fundo de Pesquisa Embrapa-Monsanto
O Fundo de Pesquisa Embrapa-Monsanto foi criado na safra 2005/2006 com o objetivo de financiar projetos de pesquisa que busquem o desenvolvimento de soluções sustentáveis para os agricultores brasileiros.
Desde sua criação até 2011, já foram repassados mais de R$ 29 milhões para os trabalhos beneficiados, que são selecionadas por um comitê gestor que analisa a pertinência dos projetos com relação às linhas de pesquisan.
Os valores repassados envolvem o cálculo de percentual sobre parte do que foi arrecadado em direitos de propriedade intelectual, a título de royalties, pela venda de variedades de soja com germoplasma da Embrapa contendo tecnologia Roundup Ready® da Monsanto.
Sobre a Monsanto
A Monsanto é uma empresa dedicada à agricultura. Pioneira no desenvolvimento de produtos com tecnologia de ponta na área agrícola – herbicidas, sementes convencionais e geneticamente modificadas –, a Monsanto busca soluções sustentáveis que proporcionem aos agricultores produzir mais, conservar mais e melhorar vidas. Para isso, investe anualmente mais de US$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, e compartilha seu conhecimento com produtores para ampliar o seu acesso a modernas tecnologias agrícolas, especialmente em países pobres e em desenvolvimento. A empresa está presente no Brasil desde 1963.
A Monsanto faturou R$ 2,8 bilhões no Brasil em 2011 produzindo e comercializando a linha de herbicidas Roundup, sementes de soja convencional (Monsoy) e geneticamente modificada (Roundup Ready®), sementes convencionais e geneticamente modificadas de milho (Agroeste, Sementes Agroceres e Dekalb), sementes de sorgo, algodão (Deltapine) e, ainda, sementes de hortaliças (Seminis e De Ruiter). Em novembro de 2008, passou a atuar no mercado de cana-de-açúcar com a marca Canavialis.
Sobre a Embrapa
Criada em abril de 1973, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. Nas últimas três décadas, as pesquisas e tecnologias da Empresa e de seus parceiros resultaram em grandes transformações no agronegócio e na economia do Brasil.
Entre outros empreendimentos, o Brasil criou e desenvolveu de forma pioneira e inédita no mundo, a soja adaptada a regiões tropicais. Os resultados alcançados e o investimento em inovação fazem do país e da empresa referências em tecnologias para a agricultura tropical. O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários e as projeções indicam que também será, em pouco tempo, o principal pólo mundial de produção de biocombustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óleos vegetais. Graças a essa posição no cenário mundial, o país passou a influir decisivamente no preço e no fluxo de alimentos e outras commodities agrícolas.
A visão de futuro, a importância atribuída à formação de recursos humanos e a capacidade de estar em sintonia com o avanço da ciência fazem com que a Embrapa possa contribuir para que o Brasil esteja posicionado na fronteira do conhecimento, em temas emergentes como agroenergia, créditos de carbono e biossegurança e em áreas como biotecnologia, nanotecnologia e agricultura de precisão.
Fonte: CDI Comunicação Corporativa
◄ Leia outras notícias