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Ministro da Agricultura inaugura sede da Embrapa Agrossilvipastoril

Foi inaugurada, na manhã da última sexta-feira, em Sinop (MT), a sede da Embrapa Agrossilvipastoril, um das três novas Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Este é o primeiro Centro de Pesquisa da empresa em Mato Grosso


Publicado em: 09/07/2012 às 09:45hs

Ministro da Agricultura inaugura sede da Embrapa Agrossilvipastoril

Participaram da cerimônia de inauguração o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, o prefeito de Sinop, Juarez Costa, o presidente da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira, o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, entre outras autoridades federais, estaduais e municipais.

“Esta é uma obra extraordinária. Mato Grosso dá um passo muito importante na busca de maior qualidade. Mais ainda, de colaboração para o Brasil como um todo, podendo se afirmar como o maior produtor do país”, disse o ministro Mendes Ribeiro.

De acordo com ele, este Centro de Pesquisa será exemplo, uma vez que promoverá a integração dos sistemas produtivos e também das instituições de pesquisa agropecuária.

“É um sonho que se torna realidade. É uma Embrapa integrada, é a integração da pesquisa, é a comunicação da ciência. É o somatório de tecnologia que passa a influenciar diretamente a cadeia produtiva. Eu como ministro me sinto extremamente orgulhoso”, afirmou.

Segundo o governador Silval Barbosa, a chegada da Embrapa ao estado é uma conquista para o setor agropecuário e vai alavancar ainda mais a produção, sobretudo para os pequenos produtores.

A possibilidade de desenvolver tecnologias em Mato Grosso, levando-se em conta o sistema produtivo local e as condições naturais da região foi ressaltada pelo senador Blairo Maggi, que ainda enfatizou a importância das pesquisas feitas pela Embrapa.

“Não podemos ficar dependentes da tecnologia estrangeira. Temos de seguir por um caminho próprio que á o da pesquisa pública, que é o da Embrapa”, disse.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, a instalação da Unidade em Mato Grosso foi uma conquista coletiva e que irá contribuir para o desenvolvimento de tecnologias para o bioma de transição entre o cerrado e a Amazônia, contribuindo, sobretudo, para uma agricultura sustentável.

“Com este Centro de Pesquisa poderemos gerar conhecimento local. É muito importante que a tecnologia seja gerada onde ela será utilizada. Assim, queremos dar nossa parcela de contribuição para um Mato Grosso melhor”, afirma João Flávio.

O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, destacou o fato de a inauguração da sede da Embrapa Agrossilvipastoril ocorrer com as atividades já em pleno funcionamento.

“Um Centro de Pesquisa é feito por pessoas. Aqui já temos uma equipe jovem, motivada e muito capacitada. Como resultado, a Unidade já está sendo inaugurada com 29 projetos de pesquisa aprovados. Isto é a prova que o centro já nasceu bem”, disse.

O Centro de Pesquisa

O Centro de Pesquisa da Embrapa Agrossilvipastoril tem 8.500 m² de área construída. A estrutura conta com 24 laboratórios multiusuários, nas áreas de sanidade animal e vegetal, fitoquímica, biologia molecular, solo, água, biomassa, sementes e mudas. As salas de trabalho foram construídas de modo a alocar a equipe de pesquisa e suporte à pesquisa sempre em duplas e com a mesma estrutura de mobiliário. Há ainda salas de reuniões, salas de estagiários e bolsistas e espaços para pesquisadores visitantes e parceiros institucionais. Além disso, a Unidade tem um auditório com capacidade para 120 pessoas, centro de treinamento, restaurante, espaço cultural e biblioteca. No setor de serviços, galpões, garagem, oficina, posto de combustível, central de tratamento de resíduos de laboratório e de campo, casa de força e casas de vegetação completam a estrutura inaugurada.

Inspirada no barroco brasileiro, a arquitetura da construção levou em conta aspectos regionais, conforto térmico, integração das estruturas e das pessoas e aproveitamento dos recursos humanos, materiais e naturais. Parte da madeira utilizada na construção foi legalmente doada pelo Ibama e é originária de desmatamentos irregulares ocorridos na região. A ação visou dar um uso público ao ilícito ambiental. Como forma de compensação, 320 mudas de itaúba foram plantadas na área experimental da Embrapa Agrossilvipastoril. A localização geográfica de cada uma delas está registrada em placas afixadas nas principais peças de madeira utilizadas na obra.

Ao todo, o Centro de Pesquisa da Embrapa Agrossilvipastoril tem 612 ha, sendo 580 ha de campo experimental, onde já foram instalados grandes experimentos de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) voltados para a pecuária de corte e de leite. Em outros 12 ha foi montado o Sítio Tecnológico, uma vitrine onde são expostas tecnologias da Embrapa disponíveis para o estado de Mato Grosso.

Com o foco na agricultura de baixa emissão de carbono e em indicadores de sustentabilidade, as pesquisas desenvolvidas nesta Unidade envolvem a dinâmica de carbono em solos tropicais, mudança do clima, recuperação de áreas degradadas, biocombustíveis, dinâmica de água em agroecossistemas, sanidade animal e vegetal, fruticultura, produção de sementes e mudas de espécies florestais e frutíferas, entre outras áreas.

A Embrapa Agrossilvipastoril também desempenha um importante papel para Mato Grosso na transferência de tecnologia e capacitação de agentes da assistência técnica e extensão rural, públicos e privados. Por meio de processos de capacitação continuada, busca-se dar suporte a uma assistência técnica de boa qualidade e proporcionar benefícios a todos os segmentos de agricultores presentes no estado, contemplando as cadeias produtivas relevantes como grãos, fruticultura, olericultura, leite, piscicultura, mandiocultura, apicultura, sistemas agroflorestais e iLPF.

Com os trabalhos já iniciados antes mesmo da inauguração de sua sede, a Embrapa Agrossilvipastoril já conta com uma variada carteira de projetos. Mais de R$ 7 milhões já foram aprovados para financiamento das pesquisas e atividades de Transferência de Tecnologia.

Atualmente, o Centro de Pesquisa já conta com uma equipe de 96 empregados, sendo 40 deles pesquisadores. Em breve, serão cerca de 70 pesquisadores, metade deles provenientes de outras Unidades da Embrapa, mas que desenvolverão suas atividades na Embrapa Agrossilvipastoril.

Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril

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