Publicado em: 23/11/2012 às 16:00hs
O objetivo é utilizar essas informações para estimativas de produção e produtividade das culturas de milho e sorgo, além de conhecer possíveis efeitos das mudanças climáticas e avaliar os riscos de contaminação ambiental por agroquímicos.
A pesquisa, iniciada em 19 municípios mineiros (veja a relação das cidades ao final da matéria), pretende retratar as diversas regiões fisiográficas do Estado, tendo como referência a existência de séries históricas de dados climáticos diários. Segundo os pesquisadores Camilo de Lelis Teixeira de Andrade e João Herbert Moreira Viana, os dados serão também empregados em estudos de manejo sustentável de dejetos de animais e de dinâmica de carbono no solo, temas que compõem a agenda do Plano ABC do Governo Federal.
“Os dados de solo e dos testes de infiltração de água serão utilizados juntamente com modelos de simulação, previamente ajustados para as culturas de milho e de sorgo, para avaliar a produção desses cereais em cada região, seja em regime de sequeiro ou eventualmente sob irrigação”, explica Camilo Andrade. Ainda segundo ele, períodos de semeadura serão estabelecidos e os riscos climáticos que afetam a produtividade das culturas, avaliados.
Os mesmos modelos serão também relacionados com dados futuros de clima para a avaliação dos efeitos das mudanças climáticas nessas duas culturas. “Da mesma forma, os modelos de simulação poderão ser empregados para estudar a dinâmica do carbono no solo e a fixação desse elemento pelas culturas do milho e do sorgo. Teremos condições de avaliar também o risco de contaminação do solo e da água por agroquímicos”, reforça o pesquisador.
Os pesquisadores usarão ainda os dados de infiltração e de retenção de água para projetos futuros de irrigação. Outra possibilidade é oferecer subsídios para o dimensionamento correto de açudes e de estruturas de conservação do solo e da água. “Com essa campanha poderemos fornecer informações estratégicas para programas de governo, como o Mais Irrigação, lançado recentemente pelo Governo Federal. Da mesma forma, o Plano ABC poderá se beneficiar do conhecimento e de tecnologias que serão geradas para o manejo sustentável de dejetos de animais e de sequestro de carbono”, avalia Camilo Andrade.
A pesquisa é financiada pela Embrapa e pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e tem o apoio da Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), Institutos Federais de Educação, Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), UFV (Universidade Federal de Viçosa), DB Sementes e Unidades da Embrapa.
CIDADES – Foram selecionados 19 municípios nas diversas regiões fisiográficas de Minas Gerais para os quais se dispõe de séries históricas de dados climáticos diários: Ituiutaba, Uberaba, Unaí, Paracatu, Patos de Minas, Araxá, Bambuí, Machado, Lavras, Curvelo, Pompéu, Aimorés, Caratinga, Araçuaí, Itamarandiba, Janaúba, Montes Claros, Viçosa e Sete Lagoas.
Mais informações: NCO (Núcleo de Comunicação Organizacional) da Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Embrapa, vinculada ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento): (31) 3027-1905 ou nco@cnpms.embrapa.br.
Fonte: Embrapa Milho e Sorgo
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