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"Mais ciência e tecnologia para a agricultura", destaca o Diretor Geral do IICA

Na República Dominicana, Víctor Villalobos, Diretor Geral do IICA, ressaltou que a ciência e a tecnologia necessitam de maior relevância na agricultura atual, devido às novas incertezas econômicas, sociais e ambientais


Publicado em: 25/01/2013 às 19:50hs

"Mais ciência e tecnologia para a agricultura", destaca o Diretor Geral do IICA

Mais ciência e tecnologia para a agricultura, a fim de fortalecê-la em sua importante tarefa de produzir mais alimentos e de forma mais sustentável, foi o desafio que o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Víctor M. Villalobos, lançou para pesquisadores reunidos na República Dominicana, onde debateram sobre a situação atual e futura da alimentação na América Latina e no Caribe.
 
Na abertura do VI Seminário Internacional de Políticas Agroalimentares, em Santo Domingo, Villalobos destacou que “a necessidade de melhorar os sistemas agroalimentares está marcada pelas mudanças climáticas, o aumento da população mundial e a modificação de seus hábitos de consumo”. O encontro foi organizado pelo Ministério de Agricultura dominicano e pelo Conselho Nacional de Pesquisadores Agropecuários e Florestais (CONIAF), com o apoio do IICA.
 
A visita do Diretor Geral do IICA à República Dominicana incluiu uma reunião com altas autoridades do governo e várias visitas de campo.
 
No encontro, Villalobos afirmou que “uma nova agricultura está sendo gerada, baseada na inovação: este elemento será a base para passar de uma agricultura tradicionalista para uma mais produtiva, sustentável e incluente”.
 
Dentre os desafios que enfrentam os sistemas agroalimentares atuais destaca-se a expectativa de que em 40 anos o planeta terá mais de 9 bilhões de habitantes, principalmente urbanos. A renda média da população em países emergentes crescerá, assim também deve aumentar sua demanda por bens.
 
No caso dos alimentos, depois da crise de preços de 2008, os mercados chamados a satisfazer suas demandas ainda são instáveis.
 
Outros vetores que modificam o panorama agroalimentar mundial são a Globalização e liberalização de mercados, as mudanças nas cadeias de valor, a escassa capacidade de recursos e as maiores exigências dos consumidores em temas como sistemas de produção amigáveis com o meio ambiente, a inocuidade, a rastreabilidade e a qualidade dos alimentos.
 
“Energia, água, solo, acesso a inovações tecnológicas, tecnologias de informação e comunicação e capital humano são exemplos dos recursos pelos quais competirão os sistemas produtivos no futuro”, comentou Villalobos, que resumiu os grandes desafios da nova agricultura em três áreas: competitividade, sustentabilidade e segurança alimentar.
 
No primeiro, deve-se alcançar uma maior produtividade pela unidade de área ou unidade animal, e melhorar o valor, qualidade, tipo e uso dos alimentos, dentre outros. “As pesquisas para desenvolver novas variedades vegetais e animais, conservar o germoplasma e aproveitar mais e melhor os solos e a água são grandes passos encaminhados as melhorar a  competitividade agrícola”, disse o Diretor Geral do IICA.
 
Villalobos pediu aos pesquisadores que encontrem mecanismos de inclusão dos produtores de pequena escala e das mulheres rurais nas cadeias de valor agrícolas, o que permitiria uma maior sustentabilidade econômica e social, ao mesmo tempo que se aceleraria os processos de mitigação e adaptação da agricultura às mudanças climáticas, para um maior equilíbrio ambiental.
 
“Melhorar a articulação dos produtores de pequena escala com os mercados também é uma oportunidade para aumentar a segurança alimentar, mas ainda falta fortalecer o acesso destas pessoas aos bens de produção, aumentar o investimento em infraestrutura e territórios rurais e reduzir as perdas de alimentos”, acrescentou.

Fonte: IICA - Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

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