Publicado em: 12/07/2012 às 13:00hs
A equipe multidisciplinar, formada principalmente por cientistas da Universidade Nacional de Seul e contando com a participação de James Womack, Professor Emérito de Patobiologia Veterinária da Texas A&M University (EUA), avaliou galinhas White Leghorn e Cornish em busca da diversidade de NK-lisina, substância antibacteriana que ocorre naturalmente em animais. A NK-lisina é uma proteína efetora do sistema imune inato e componente importante da proteção do hospedeiro. Por isso, também é utilizada como auxiliar no combate de doenças.
Nas pesquisas realizadas, foram obtidas duas variedades genéticas de NK-lisina, com resultados tão inesperados que chegaram a surpreender os cientistas envolvidos nos experimentos. Ou seja: enquanto as duas variedades demonstraram habilidade para enfrentar infecções bacterianas e outras doenças, uma delas revelou-se capaz de enfrentar também as células cancerosas. E com sucesso inesperado.
“Surpreendeu a todos”, afirma Womack, referindo-se aos resultados e acrescentando que uma das variantes genéticas demonstrou capacidade de lutar contras as células cancerosas com uma agressividade muito maior que a observada na outra variante. “E nós, com certeza, não estávamos olhando para o lado do câncer. Mas lá estava ela”.
Womack diz que a equipe optou pelas duas linhagens de galinhas – White Leghorn e Cornish – porque ambas estão presentes em, praticamente, todo o mundo e possuem origem genética relativamente diversa.
No trabalho realizado, os pesquisadores realizaram o sequenciamento global do DNA das aves. Foi quando descobriram as duas variantes com potencial de atuação contra infecções. Segundo Womack, o que mais chamou a atenção foi o fato de uma das variantes ser mais potente que a outra no combate às células cancerosas.
“Isso pode levar a outras medidas para combater o câncer ou conduzir ao desenvolvimento de novas formas de prevenção de determinadas infecções ou mesmo doenças. É uma nova porta que se abre. No momento, examinamos estudos semelhantes realizados com bovinos para ver se o fenômeno se repete.”
Clique aqui para obter mais detalhes sobre o trabalho, recém-publicado no PNAS – Proceedings of the National Academy of Sciences.
Fonte: Avisite
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