Publicado em: 12/07/2012 às 16:00hs
Juína foi a primeira cidade a sediar o evento, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT). Nesta quinta-feira (12.07) a palestra será no município de Aripuanã.
“A juventude precisa acompanhar o desenvolvimento da ciência. Precisamos de novas pesquisas. O dia a dia da lavoura traz tanto conhecimento quanto o trabalho dos cientistas. Temos que continuar desenvolvendo a ciência a favor da produção de alimentos”, destacou Paolinelli.
Segundo o ex-ministro, graças à competência e determinação dos produtores e ao desenvolvimento da pesquisa, o Brasil deixou de ser um país importador para se tornar exportador de alimentos. “Nós não tivemos a sorte de ser um país temperado, mas aprendemos a ser competentes com o café, o cacau, a borracha e a madeira tropical. Agora, somos referência na produção de soja, milho, algodão e na pecuária”. Paolinelli lembrou também que o país já importou 90% do trigo consumido internamente, 50% do leite e 30% da carne, ou seja, 42% da renda familiar eram destinadas à alimentação.
Milho – O Brasil deve ficar atento ao mercado do milho, recomendou Paolinelli. Até 2010, a China, por exemplo, exportava milho. Neste ano, para garantir os estoques, os chineses precisarão de 20 milhões de toneladas do produto. “E de onde a China terá que importar esse milho? Se houver determinação e competência, será do Brasil. Não podemos perder essa chance”, opinou.
Para o presidente do Sistema Famato, Rui Prado, Mato Grosso tem um futuro brilhante. Entre os maiores desafios apontados por ele estão implementos de novas tecnologias, avanço nas obras de infraestrutura e logística e investimento em qualificação profissional. “Estamos no lugar certo e na hora certa. Mato Grosso é um estado solução para o Brasil. O que precisamos é nos mobilizar e nos organizar mais para continuarmos produzindo alimentos com qualidade e sustentabilidade”, afirmou Prado.
Juína – A pecuária é a principal atividade econômica do município de Juína. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o município produz 605,17 mil cabeças de gado por ano, o que corresponde a 2,1% do volume total do rebanho mato-grossense.
Conforme o presidente do Sindicato Rural de Juína, George Diogo Basílio, o maior desafio dos pecuaristas da região é quebrar o monopólio dos frigoríficos. “Somente assim teremos competitividade. E isso será possível apenas com a união dos produtores”, acrescentou.
O produtor rural Ulisses de Souza Ferreira disse que a principal lição tirada do evento foi a importância da união e organização dos produtores. “Temos que realmente repensar o futuro e nos organizar mais. Caso contrário, se não dermos importância às mudanças que estão vindo, nós seremos os maiores prejudicados”, alertou Ferreira.
A Famato, Senar-MT, Imea e os 86 sindicatos rurais de Mato Grosso formam o Sistema Famato.
Fonte: Famato
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