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Especialistas discutem agricultura e degradação do solo no sertão sergipano

Reunir engenheiros agrônomos, especialistas em agricultura e solo, pesquisadores e gestores de políticas públicas para discutir como e quanto a intensificação dos plantios no Alto Sertão Sergipano tem contribuído para a erosão e danos ao solo


Publicado em: 11/05/2012 às 10:20hs

Especialistas discutem agricultura e degradação do solo no sertão sergipano

Este é o objetivo do seminário ‘Intensificação agrícola no território do Alto Sertão Sergipano como fator de degradação do solo’, que acontece na próxima segunda-feira (14) em Aracaju.

Promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (AEASE) em parceria com a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), o seminário pretende discutir com enfoque científico a evidente degradação dos solos agricultados no semiárido sergipano. “O objetivo é viabilizar alternativas tecnológicas disponíveis, além de eventuais propostas de ações e políticas públicas, com foco Alto Sertão, que apresenta maiores riscos de desertificação”, afirma o presidente da AEASE, Naum de Araújo.

O evento acontece na sede da associação, na avenida Beira Mar, no bairro Jardins, a partir das 8 horas até o final da tarde. Os palestrantes são pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB ). As palestras abordarão desertificação no semiárido nordestino, efeito do sistema de plantio de milho nas perdas de solo e água, sistema de plantio direto, sistemas alternativos de produção integrada e práticas de conservação de solos.

Degradação do solo

De acordo com Araújo, a expansão do cultivo do milho em Sergipe tem sido considerada um salto de modernidade, sobretudo por resultar de expressivos ganhos de produtividade, que o transformaram na principal cultura anual do Estado.

“Entretanto, nesse processo de intensificação agrícola, de base agroquímica, acelerou-se, também, a simplificação dos agroecossistemas, abandonando-se os cultivos consorciados e o uso da tração animal, que restringiam a área cultivada a cada ano e que impunham certa rotação de terras, com seu relativo pousio.  Neste contexto, a tratorização pesada, com o uso de grades aradoras, incrementou excessivamente a movimentação do/e sobre o solo, com exacerbação dos processos erosivos, sem qualquer preocupação com práticas conservacionistas”, explica o presidente.

Mais informações sobre o seminário estão disponíveis no site da AEASE (www.aease.org.br), pelo telefone (79) 3217- 6886 ou através do e-mail aea_se@yahoo.com.br. O evento tem o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (CREA-SE) e da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).

Fonte: Embrapa Tabuleiros Costeiros

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