Outros

Equipe do Irga comprova a eficiência da rotação de culturas no Arkansas

PhD Yulin Jia, pesquisador de Patologia Molecular, mostra experimentos aos visitantes.


Publicado em: 15/06/2012 às 12:30hs

Equipe do Irga comprova a eficiência da rotação de culturas no Arkansas

Stuttgart, EUA -Uma equipe de técnicos liderados pelo presidente do Irga, Claudio Pereira, realizou visita de dois dias ao Arkansas, estado norte-americano que produz cerca de 48% do arroz daquele país. Com o objetivo de buscar conhecimento, por meio da troca de experiências e conferir o sistema de plantio em camalhão com rotação das culturas de arroz, soja e milho, os técnicos puderam constatar que, apesar do Arkansas ser o maior produtor de arroz nacional, hoje tem a soja como sua maior safra e a produção de milho em um momento bastante favorável.

A segunda-feira (11) começou com os técnicos do Rio Grande do Sul sendo recebidos por uma equipe de sete melhoristas do Centro de Pesquisas e Extensão do Arroz da Universidade do Arkansas na Estação Experimental da instituição, uma das mais importantes do país em relação ao estudo, pesquisa e melhoramento de grãos.

No encontro, que durou mais de seis horas, os profissionais gaúchos puderam conhecer o histórico e a estrutura da estação, que é um verdadeiro centro de excelência do setor. Durante os relatos, os pesquisadores constataram que, comparando as características e sistemas de plantio do Rio Grande do Sul e do Arkansas são encontradas muitas semelhanças, o que tende a favorecer a continuidade das relações entre o Irga, a Universidade e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), instituições que através de estudos avançados, ajudam a impulsionar a renda dos produtores e a agricultura do estado há décadas.

Logo após o encontro, os representantes do Instituto foram recebidos pelo produtor Kirk Meins em uma propriedade de mil hectares, que adota a rotação de culturas desde 1947, atravessando três gerações da mesma família com excelente produtividade. Hoje, a Farm Meins produz aproximadamente 60% de soja e 40% de arroz em suas terras. O produtor afirmou que o plantio em camalhão com rotação entre arroz e soja foram os grandes responsáveis pelo aumento na renda de sua família desde que foi adotado pelo seu avô e aconselhou os produtores brasileiros a fazerem o mesmo.

Há anos um entusiasta da ideia da rotação de culturas como forma de ajudar a superar as sucessivas crises no setor orizícola, o presidente do Irga, Claudio Pereira, destacou estar impressionado com o que viu nos Estados Unidos. "O cerne das sucessivas crises do arroz é a monocultura. Então devemos investir cada vez mais na rotação em terras de arroz. Saio da capital orizícola americana, com a convicção ainda mais forte de que estamos trabalhando no caminho certo no Rio Grande do Sul, incentivando o desenvolvimento deste sistema como alternativa para o nosso produtor, pois vimos que é perfeitamente possível fazermos como eles fazem aqui, investindo em parcerias técnicas, pesquisa e extensão", afirmou.

Foto: Ben-Hur Corvello

Fonte: Assessoria de Imprensa IRGA

◄ Leia outras notícias