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EPAMIG realiza 9º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica

O 9º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) realizado entre nos dias 13 e 14 de junho, em Belo Horizonte, reuniu pesquisadores, bolsistas e chefes de Centros de Pesquisas da EPAMIG para a apresentação de 11 trabalhos escolhidos entre os 93 desenvolvidos nas Unidades Regionais da Empresa.


Publicado em: 15/06/2012 às 14:40hs

EPAMIG realiza 9º  Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica

Foram apresentados estudos sobre temas como, geoprocessamento na agricultura para avaliação ambiental e socioeconômica, genótipos de arroz irrigado, qualidade microbiológica do leite e da água, resíduos gerados na produção de queijo artesanal, dentre outros.

Durante a abertura do Seminário o secretário-adjunto da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Evaldo Vilela, palestrou sobre a importância da iniciação científica para a pesquisa. Orientador de mais de 70 estudantes da iniciação científica, o professor Vilela contou um pouco da sua experiência com estudantes que se dedicaram à metodologia científica e obtiveram êxito. “Na década de 90 orientei um estudante de Direito que aproveitou a oportunidade de bolsa de iniciação para pesquisar mais sobre propriedade intelectual que mais tarde foi reunido em um livro dele publicado pela editora Atlas – era sobre propriedade intelectual na área de biotecnologia e informática”, relatou. O presidente da EPAMIG Antônio Lima Bandeira falou sobre a importância dos programas de estágio e bolsas realizados pela Empresa. “Desejo e vontade aliados à iniciação científica são fundamentais para a definição do rumo que o estudante dará à sua carreira profissional”, disse.

O estudante do sétimo período de agronomia Philipe Corcino apresentou o tema “Uso do geoprocessamento na avaliação do desempenho ambiental de estabelecimentos rurais”, orientado pelo pesquisador José Mário Lobo. O estudo avaliou 100% da área de uma propriedade de pequeno porte no município de Boa Esperança, no Sul de Minas. O estudo propõe o uso do geoprocessamento no auxílio não apenas na regularização ambiental da propriedade, como também no auxílio ao produtor na orientação da tomada de decisão na gestão rural. “A ferramenta utilizada nesse estudo é acessível, simples e possibilita ao produtor identificar riscos, pontos críticos e oportunidades em sua propriedade”, avalia. O estudante contou que a partir da experiência e dos conhecimentos adquiridos na área de geoprocessamento, através da bolsa de iniciação científica da EPAMIG, foi selecionado como estagiário da Vale, na área de geoprocessamento ambiental.

Avaliação dos resíduos gerados na produção de queijo artesanal da Serra da Canastra e seus destinos foram apresentados pela estudante Valkíria Moreira. Foram coletadas amostras de efluentes em 2010 e 2011 em seis queijarias para análises físico-químicas e bioquímicas. Os resíduos sólidos gerados nas queijarias são: embalagens de papelão, plásticos, restos de queijos, efluentes e embalagens de produtos químicos. Dos produtores entrevistados, 42,8% disseram queimar os resíduos sólidos gerados e 42% retornam as embalagens de produtos químicos aos fornecedores. Quanto ao destino dos efluentes, 71,43% dos entrevistados afirmam ser o solo o local direto de deposição. A avaliação apontou que 100% do soro de queijo são destinados à alimentação animal de suínos. “Com a aplicação do questionário, percebemos a carência de informações que atinge os produtores de queijo da Serra da Canastra. A falta de informação e o baixo poder aquisitivo da maioria dos produtores contribui para que não haja a preocupação efetiva com medidas de redução de consumo de água”, conclui.

Além das apresentações orais, os bolsistas apresentaram também 93 pôsteres com os artigos dos trabalhos realizados em diversas regiões do estado como, caracterização dos queijos artesanais da microrregião dos Campos das Vertentes, evolução da piscicultura na região de Morada Nova, qualidade de sementes de café produzidas pela EPAMIG, avaliação de sorgo forrageiro em duas regiões de Minas Gerais, efeito da adubação nitrogenada no cultivo de repolho, análise do índice de vegetação do projeto Jaíba, dentre outros.

Redação Científica

Neste segundo dia o pesquisador da EPAMIG Rogério Vieira apresentou aspectos importantes de um artigo científico. Ele apresentou modelos de artigos que são exigidos por revistas científicas. Rogério é autor do livro “Dicionário de dúvidas e dificuldades na redação científica”, lançado pela EPAMIG em 2011, após 20 anos de pesquisa e trabalho. O livro reúne os principais aspectos que dever ser abordados pelos pesquisadores em suas produções intelectuais. “Desde a época da redação da minha dissertação venho anotando erros que cometi e suas devidas correções. Mais tarde, com mais experiência, a esses erros acrescentei outros que encontrei nas dissertações e teses em que participei como membro de banca examinadora”, conta.

Segundo o autor uma redação de qualidade exige leitura atenta e crítica do que se escreveu. “O artigo científico geralmente começa a apresentar argumentos sólidos e permite leitura fluente e agradável a partir da décima versão”, completa. Rogério sugere que quando o pesquisador tiver esgotado seu senso crítico sob o seu trabalho manuscrito procure um colega que tenha boa experiência em redação científica, para que este leia e faça sugestões para melhorar o seu artigo.

O livro “Dicionário de dúvidas e dificuldades na redação científica” pode ser adquirido na Divisão de Gestão de Comercialização da EPAMIG, através do e-mail publicacao@epamig.br ou do telefone (31) 3489- 5002. A publicação custa R$ 70.

euvaldo-bandeira: Presidente da EPAMIG Antônio Bandeira entregou ao professor Evaldo Vilela o livro “Oliveira no Brasil – Tecnologias de produção”, resultado de mais de 30 anos de pesquisas.