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EPAMIG Capacita técnicos do SENAR sobre seringueira

Curso reúne profissionais de nove estados do Brasil O desempenho das pesquisas realizadas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) sobre seringueira está sendo repassado para profissionais de nove estados do Brasil


Publicado em: 02/08/2012 às 10:40hs

EPAMIG Capacita técnicos do SENAR sobre seringueira

O primeiro módulo do curso de Capacitação Tecnológica em Heveicultura, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), foi realizado entre os dias 24 e 26 de julho, em Campo Grande (MS), pelo pesquisador da EPAMIG Regional Zona da Mata Antônio de Pádua Alvarenga. Outros dois módulos já estão agendados para o período de 22 a 24 de agosto e para setembro.Estão sendo capacitados instrutores do Senar que já ministram cursos na área de heveicultura, são engenheiros agrônomos e florestais, técnicos agrícolas e administradores vindos de Rondônia, Acre, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Bahia, Mato Grosso do Sul, além de Minas Gerais. A intenção do Senar é fazer desses profissionais multiplicadores para, posteriormente, formarem técnicos de nível médio e assim atingir todos os setores da produção, explica Pádua. Segundo o Senar, esses estados foram escolhidos pela Comissão de Silvicultura e Agrossilvicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) por serem regiões do país com potencial para alavancar o setor.

Essa é a primeira edição do curso de capacitação e, no primeiro módulo, foram abordados conteúdos como o novo Código Florestal e recomposição de reserva legal, aspectos botânicos de hevea spp. – espécie conhecida como seringueira e de onde é extraído o látex e produzida a borracha -, implantação de viveiros, mercado da borracha e linhas de crédito para o setor. Os outros dois módulos também serão ministrados pelo pesquisador Antônio de Pádua Alvarenga. A heveicultura é a prática de cultivo da hevea spp..

Pesquisas avançadas Dentre as diversas pesquisas realizadas pela EPAMIG com a cultura, destacam-se os testes com espécies já utilizadas no país para verificar a eficiência quanto ao sequestro de carbono e à introdução de novos clones em fazendas experimentais da EPAMIG. Cinco regiões mineiras foram escolhidas para participar do estudo sobre o comportamento dos clones: Zona da Mata, Triângulo, Sul, Norte e Noroeste. Além de avaliar a adaptação das espécies às condições climáticas e de solo e o nível de infestação de doenças, a EPAMIG está formando um jardim clonal para a produção de mudas, com qualidade e preços acessíveis para estimular os produtores.

Apesar dos resultados obtidos com a produção orientada por técnicos, usando adubação correta e proteção contra pragas, Minas Gerais tem pouca exploração de seringueira. "Contamos com cerca de três mil hectares em produção, enquanto o Brasil dispõe de 130 mil hectares. No mundo, a cultura está espalhada em mais de nove milhões de hectares", observa o pesquisador. Segundo ele, os produtores podem se beneficiar do crescente consumo de borracha no Brasil, com possibilidades de participar das exportações, inclusive ocupando parte do espaço deixado pelos grandes produtores da Ásia que, em futuro próximo, deverão vender o produto transformado. O crescimento da demanda por borrachas no Brasil (7,3% ao ano) foi mais acelerado do que o mundial (4,6% ao ano). "Enquanto isso, o ritmo de crescimento da produção de borracha natural no Brasil (4,8% ao ano) em relação ao mundial (6,4% ao ano) mostra o país perdendo espaço na expansão da cultura", destaca o pesquisador.