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Embrapa inaugura na sexta-feira Centro de Pesquisa com foco na produção sustentável

Localizada no maior centro produtor de grãos do país, a Embrapa Agrossilvipastoril inaugura, nesta sexta-feira, dia 6 de julho, seu Centro de Pesquisa em Sinop, na região Norte de Mato Grosso


Publicado em: 02/07/2012 às 16:30hs

Embrapa inaugura na sexta-feira Centro de Pesquisa com foco na produção sustentável

Esta é uma das mais novas Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e foi criada há três anos para trabalhar com tecnologias sustentáveis para sistemas integrados de produção agropecuária.

O Centro de Pesquisa foi construído em uma região de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado, no estado com a maior produção de soja, algodão e milho de segunda safra do Brasil, além de ser o detentor do maior rebanho bovino de corte do país. Sem deixar de lado estas culturas de destaque em Mato Grosso, o foco das pesquisas será nos sistemas integrados de produção, sobretudo na integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF).

Antes mesmo de inaugurar sua sede, a Embrapa Agrossilvipastoril já vem desenvolvendo pesquisas e trabalhos de transferência de tecnologia no estado. Como exemplo, tem-se dois grandes experimentos já instalados no campo experimental da Unidade, um com iLPF voltado para a pecuária  leiteira e outro para a pecuária de corte. A partir destes dois experimentos, uma equipe multidisciplinar de cientistas desenvolverá pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento, sempre levando em conta o sistema como um todo.

Além disso, a Embrapa já conta com Unidades de Referência Tecnológica (URTs) em diferentes regiões matogrossenses, onde sistemas de iLPF estão sendo monitorados há cinco anos. Nestas áreas são testadas configurações distintas, com diferentes espécies florestais, agrícolas e animais.

A sustentabilidade também é destaque em pesquisas com o cultivo de dendê para a produção de biocombustíveis e com a recuperação de áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente.

A Embrapa Agrossilvipastoril também já atua em Mato Grosso com um trabalho de validação e transferência de tecnologia para a recuperação de pastagem. Segundo o IBGE, o estado possui 22 milhões de hectares com pastagens e estima-se que metade desta área esteja em algum nível de degradação. Problemas como a síndrome da morte do capim marandu, que tem causado prejuízos aos pecuaristas da região Amazônica, estão sendo trabalhados em URTs na região Norte do estado.

Pesquisas com manutenção de recursos genéticos de espécies nativas como a castanha-do-brasil também já estão sendo desenvolvidas em parceria com a Embrapa Acre. O mesmo ocorre com a cultura da mandioca, uma vez que pesquisadores já fazem trabalhos para conservação da biodiversidade do tubérculo junto a comunidades tradicionais da Baixada Cuiabana.

Ainda em relação às espécies florestais, a Unidade busca viabilizar opções com potencial de uso comercial no estado de Mato Grosso. Entre as espécies já estudadas está o pau-de-balsa, árvore nativa da Amazônia Central, de rápido crescimento, e que possui grande potencial de utilização em compensados e revestimentos devido à baixa densidade da madeira.

As pesquisas com agropecuária sustentável desenvolvidas na Embrapa Agrossilvipastoril ainda incluem projetos em fase inicial com sistemas agroflorestais (Safs), florestas plantadas, fixação biológica de nitrogênio em gramíneas, aproveitamento na agricultura de resíduos animais e vegetais, produção de capim elefante para fins energéticos, recursos hídricos, biocarvão, física, química e microbiologia de solos, emissões de gases de efeito estufa do solo para a atmosfera e pela pecuária, entre outros.

Atividades de transferência de tecnologia também estão na pauta da Unidade. Processo de capacitação continuada de técnicos incluem, entre outras, temáticas como o Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), iLPF e Safs.

A Embrapa Agrossilvipastoril encontra-se ainda no centro das discussões mundiais sobre questões climáticas. A Unidade está na coordenação política nacional da Aliança Global de Pesquisa de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Global Research Alliance on Agricultural Greenhouse Gases) e participa das conferências da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança Climática.

Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril

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