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EBDA e Embrapa desenvolvem pesquisa de melhoramento vegetal

Os alimentos biofortificados são o resultado do melhoramento vegetal, a partir do cruzamento de variedades de uma mesma espécie, para a obtenção de produtos com um maior teor de ferro, zinco e betacaroteno


Publicado em: 26/07/2012 às 15:30hs

EBDA e Embrapa desenvolvem pesquisa de melhoramento vegetal

Com o intuito de melhorar a qualidade das sementes para aumentar a produtividade da agricultura familiar, a Divisão de Produção Vegetal da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri), desenvolve em parceria com a Embrapa pesquisas para melhorar a qualidade das culturas de feijão, mandioca e vigna – os chamados alimentos biofortificados.

Os alimentos biofortificados são o resultado do melhoramento vegetal, a partir do cruzamento de variedades de uma mesma espécie, para a obtenção de produtos com um maior teor de ferro, zinco e betacaroteno. “Não são produtos transgênicos. Por meio do cruzamento de plantas de uma mesma cultura, é possível aumentar a quantidade desses elementos e, em consequência, à qualidade para a alimentação humana”, afirmou o engenheiro agrônomo, Edson Alva.

O estudo iniciado em 2003 está em fase de teste e avaliação de espécies, e a meta agora é criar o Selo Bioforte, para identificar os produtos cultivados por agricultores familiares a partir de sementes selecionadas. Os experimentos são realizados nas regiões de Adustina, Fátima, Paribiranga, Sítio do Quinto, Vitória da Conquista, Irecê e Wanderley.

Pesquisas realizadas com variedades de feijão deram resultados satisfatórios para BRS Cometa e BRS Pontal – do grupo carioca – e BRS Agreste, do grupo mulato. Outra cultura pesquisada é a mandioca. A BRS Jarí tem um teor de betacaroteno – precursor da vitamina A - 50% maior do que em outras variedades. “Esses alimentos por serem biofortificados são mais nutritivos se comparados com outros que não passaram pelo mesmo processo de melhoramento vegetal”, afirmou o engenheiro agrônomo.

“Observa-se também que o “feijão” Vigna BRS Xique-xique, que é biofortificado, possui alto teor de proteínas, em sua composição química, além de ser digerido com mais facilidade pelo organismo humano”, completou o agrônomo.

As variedades de feijão e de vigna biofortificadas, testadas durante os experimentos, serão incluídas no Programa Semeando, cuja proposta é gerar autonomia para o agricultor que aos poucos forma o seu próprio banco de sementes. A meta será possibilitar a oferta desses gêneros alimentícios no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para serem consumidos por estudantes das escolas públicas do Estado.

Os estudos também serão ampliados com a instalação de novas estações de pesquisas em Inhambupe e Olindina. “Ao agregar valor nutricional aos alimentos, produtores rurais e consumidores serão beneficiados”, pontuou Edson Alva.

Fonte: SEAGRI BA - Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária

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