Publicado em: 25/07/2012 às 18:10hs
Segundo a professora de química Alessandra Lopes Guimarães, a descoberta do café ocorreu por acaso, na busca de potencialidades do fruto bastante conhecido na Amazônia Legal.
“Junto com meus alunos do ensino médio, ao pesquisar o fruto, começamos a sentir um cheiro muito forte, semelhante ao do café. Depois de algumas análises, chegamos ao produto”, contou a professora à Agência Brasil.
O pó de café de tucumã tem o mesmo aspecto e odor do tradicional, “com o benefício de ser descafeínado”, relatou a professora. Além dele, a amêndoa do fruto produz óleo, manteiga e azeite. O tucumã é ingrediente de várias receitas amazonenses. Com a polpa é possível fazer sorvete, iogurte, bolo e o X-Caboclinho, sanduíche regional com presunto, queijo de coalho e o fruto. “É o preferido da região”, disse ela.
O fruto do tucumanzeiro, palmeira espinhosa que chega a alcançar 15 metros de altura, é colhido ao cair, quando maduro. A casca também é aproveitada para produção de adubo, e o caroço serve para artesanato. “Nós que vivemos em comunidades rurais e ribeirinhas temos dificuldades de ir até a cidade, muitas vezes por falta de acessibilidade. Para compensar, aproveitamos ao máximo todas as possibilidades que a mata tem a nos oferecer. Então, com esse fruto, que nasce dentro da mata bruta, extraímos o máximo de possibilidades. Ela não deixa nos faltar nada”, ressaltou.
De acordo com Alessandra Lopes, o café de tucumã está em fase experimental e ainda não é produzido comercialmente.
A ExpoT&C reúne centenas de expositores, como universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento e entidades governamentais. A mostra termina na sexta-feira (27).
Fonte: Agência Brasil
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