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Boas práticas na viticultura

Consumir alimentos seguros, ou seja, sem riscos à saúde do consumidor, como a presença de toxinas, micro-organismos e agroquímicos acima dos padrões permitidos por lei, é uma exigência forte do mercado


Publicado em: 17/05/2012 às 09:50hs

Boas práticas na viticultura

Para atender a essa demanda, recomendam-se ao produtor as Boas Práticas Agrícolas, que são simples e fáceis de serem adotadas e executadas na propriedade e que irão fazer toda a diferença para a obtenção de um alimento seguro e de alta qualidade, bem como para favorecer a qualidade de vida do agricultor. Pois o Prosa Rural – o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – desta semana fala sobre as boas práticas na viticultura e conta com a participação do pesquisador da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves/RS) Samar Velho da Silveira e do produtor de uvas da Serra Gaúcha Selmar Eduardo Corbellini.

“As boas práticas agrícolas são um conjunto de princípios e recomendações técnicas que, uma vez aplicadas à produção, ao processamento e ao transporte, permitem a obtenção de alimentos seguros”, afirma Velho da Silveira, durante sua participação no Prosa Rural. “Com isso, se objetiva proteger a saúde do consumidor, do produtor e do meio ambiente”, segue.

Ele destaca, no entanto, que as boas práticas, desde que tenham um sistema de registro de todas as operações realizadas, ou seja, viabilizem a rastreabilidade e a auditoria, podem ser consideradas um sistema. O pesquisador fala também sobre os riscos do consumo de alimentos produzidos, processados e armazenados sem um sistema de boas práticas agrícolas. “Eles podem gerar intoxicação, o desenvolvimento de doenças graves no ser humano e até mesmo a morte, como no caso da contaminação severa por ocratoxina”, diz.

Com relação à viticultura, Velho da Silveira destaca que as boas práticas são um conjunto de procedimentos que vão desde a escolha da área para o plantio da videira, o tipo de solo, o relevo e a orientação solar, passando pela condução da planta, até a colheita, o transporte e o armazenamento. “Mas existem algumas etapas das boas práticas que são essenciais”, explica.

Segundo o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, em primeiro lugar, é preciso haver o registro de todas as operações que são feitas, desde o plantio até a colheita do produto, para permitir a rastreabilidade. Também é muito importante a capacitação dos funcionários em todas as etapas do processo, por meio da realização de cursos. Outros itens destacados como essenciais são o respeito ao meio ambiente, com adoção de práticas que não o agridam, a consulta sistemática à grade de agroquímicos e o uso de equipamentos de proteção individual no momento da aplicação dos produtos, além da avaliação das condições climáticas quando desta, dentre outros.

O produtor rural Selmar Corbellini, por sua vez, fala sobre a adoção da produção integrada de uvas em sua propriedade, que visou à redução de custos e ao respeito ao meio ambiente. “Com a produção integrada, conseguimos uma boa produção, com o uso de menos agrotóxicos e maior rentabilidade”, destaca.

Saiba mais ouvindo o Prosa, o programa de rádio da Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2012/boas-praticas-na-viticultura. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Fonte: Embrapa Uva e Vinho

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