Um setor que não para de crescer. Assim é caracterizada a área de tecnologia de informação e comunicação (TIC) no Brasil. De acordo com levantamento divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), deve registrar aumento de 10% a 13% este ano. As perspectivas para o futuro são bastante positivas, especialmente, no que diz respeito a geração de mão-de-obra. 

De acordo com o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Arvus Tecnologia, Adriano Naspolini, existe muita demanda para programadores. “Eles estão sendo bastante disputados pelas empresas, sendo que muitas delas estão buscando as pessoas ainda na universidade, oferecendo estágios e fazendo a contratação assim que elas se formam. Preencher uma vaga deste tipo às vezes leva mais de 6 meses”, destaca o sócio da empresa que é especializada em desenvolver soluções para agricultura e silvicultura de precisão e foi fundada há oito anos. Os profissionais contratados para a área de desenvolvimento são formados em diferentes habilitações, como  Ciências da Computação, Tecnologia da Informação, Engenharias e Tecnólogos.

As demandas de tecnologias para o agronegócio motivaram a criação da empresa focada neste segmento, que assim como a área de TI, tem boas perspectivas de crescimento para os próximos anos: só em 2011, foi de 3,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acima do registrado pelo Produto Interno Bruto do país (PIB).  “É uma indústria como qualquer outra. Existe a produção e existe o gerenciamento do negócio em si. Este gerenciamento, até pouco tempo, ainda era feito pelas mesmas pessoas que dirigiam os tratores, de uma forma muito precária. Hoje uma fazenda de médio porte quase sempre tem um gerente, que precisa das mesmas ferramentas de gestão que qualquer outra empresa. Estas ferramentas, em geral, não são adequadas ao agronegócio, então são sistemas inteiros que precisam ser desenvolvidos ou readaptados. Isso demanda muita mão-de-obra”, enfatiza Naspolini.

Esta demanda por profissionais especializados ou com conhecimentos básicos em diferentes áreas do mercado abre novas possibilidades de carreira. “Nossas vagas são para Florianópolis, mas sempre recebemos currículos de outras regiões do país”, comenta Naspolini. A migração de outras regiões do Brasil para Santa Catarina é comum em praticamente todas as empresas de tecnologia do Estado, reflexo da expansão do setor e grande procura por mão-de-obra.

Para manter os profissionais qualificados, bastante concorridos, muitas empresas apostam em diferenciais que vão muito além do salário pago. Vantagens, como treinamentos, auxílios em especializações, ambientes diferenciados e horários flexíveis são alguns dos diferenciais oferecidos pelos empregadores. No caso da Arvus Tecnologia, a aposta é na liberdade oferecida aos colaboradores e num ambiente descontraído, que motiva funcionários indicarem conhecidos para trabalhar no local.