Publicado em: 04/12/2024 às 07:30hs
A safra 2024/25 no Brasil começou de forma conturbada, com atrasos no plantio nas principais regiões produtoras devido à instabilidade climática. No entanto, os agricultores seguem avançando na semeadura, e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mantém sua previsão de produção de 322,47 milhões de toneladas de grãos. Em um cenário de incertezas, causadas pelas mudanças climáticas, o planejamento rigoroso se tornou essencial para enfrentar os desafios e alcançar uma safra produtiva e rentável.
Wellington Sena, executivo técnico de negócios da GAtec – unidade de negócios da Senior Sistemas, especializada em soluções de gestão –, alerta que o atraso no plantio pode afetar não só a safra atual, mas também as futuras. "Quanto maior o adiamento do plantio, mais restrita será a janela para a próxima semeadura, o que pode comprometer o cronograma original", afirmou. Diante desse cenário, o produtor deve agir rapidamente, recalcular as rotas e buscar alternativas para minimizar os impactos e recuperar o tempo perdido.
A utilização de tecnologias de gestão agrícola tem se mostrado fundamental para a tomada de decisões rápidas e assertivas. A GAtec, por exemplo, oferece o SimpleFarm, um software multiplataforma que ajuda os produtores a acompanhar todos os processos da lavoura, desde o controle de pragas até o monitoramento das condições climáticas. O sistema possibilita uma gestão detalhada da produção, dividida em seis níveis – de empresa a talhão – permitindo um controle eficaz da fazenda, além de otimizar os recursos e facilitar o planejamento de safra.
Além disso, as ferramentas da empresa também auxiliam desde o planejamento inicial até a organização dos recursos, como maquinário, mão de obra e insumos. "Com dados atualizados, o agricultor pode ajustar sua estratégia ao longo da safra, garantindo mais segurança e assertividade", acrescentou Sena.
A chave para o sucesso de uma safra produtiva e sustentável está no planejamento integrado e na adoção de práticas eficientes. A seguir, algumas dicas para otimizar o gerenciamento da produção e superar os desafios climáticos:
Análise do solo e escolha das culturas: Realize uma análise detalhada do solo para entender suas características físicas, químicas e biológicas. A escolha da cultura deve considerar fatores como demanda de mercado, resistência a doenças e adequação ao clima e ao solo. Prefira sementes de alta qualidade, preferencialmente com tecnologias de resistência a pragas e herbicidas.
Rotação de culturas: A rotação de culturas é essencial para preservar a saúde do solo e evitar o esgotamento de nutrientes. Culturas de cobertura entre safra também ajudam a controlar a erosão e aumentar a matéria orgânica.
Gestão do clima e irrigação: Acompanhe as previsões climáticas e prepare-se para eventos extremos. Se sua região depende de irrigação, invista em sistemas eficientes, como o gotejamento ou pivô central, para garantir o uso racional da água.
Planejamento de insumos: Antecipe a compra de insumos, como fertilizantes e defensivos, para reduzir custos. Mantenha um controle rigoroso sobre os gastos e alinhe o planejamento financeiro com as projeções de receita.
Controle de pragas e doenças: Realize monitoramento constante das lavouras e adote práticas preventivas, como o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina métodos químicos, biológicos e culturais para minimizar os danos causados por pragas.
Previsão de colheita e comercialização: Defina com antecedência o período da colheita e tenha um plano para o armazenamento ou a venda da produção. Acompanhe as tendências de preços e, se possível, estabeleça acordos com compradores antecipados para garantir preços favoráveis.
Gestão de riscos: Considere contratar seguros agrícolas para se proteger contra perdas devido a fenômenos climáticos extremos. Também é recomendável manter uma reserva financeira para lidar com imprevistos, como quebras de safra e flutuação de preços.
Com o uso estratégico de tecnologias e um planejamento bem estruturado, os agricultores podem enfrentar as adversidades climáticas e alcançar uma safra mais eficiente e sustentável.
Fonte: Portal do Agronegócio
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