Publicado em: 04/11/2024 às 09:30hs
A utilização de inteligência artificial (IA) e dados geoespaciais tem se tornado fundamental para a modernização e o avanço da agricultura. Com o lançamento de novos satélites que produzem dados em alta resolução, a demanda por técnicas que permitam a análise automática e eficiente dessas informações está em ascensão. Essas inovações têm acelerado a tomada de decisões e contribuído para tornar o agronegócio mais sustentável e produtivo.
Hélida Leão, coordenadora de Ciências Agrárias do Centro Universitário Una Uberlândia, destaca cinco aplicações da IA no campo:
A IA facilita o mapeamento do uso do solo e a detecção precoce de problemas nas lavouras. Com o uso de sensores fixos ou drones, os produtores conseguem monitorar variáveis climáticas e pragas em tempo real, permitindo intervenções imediatas e mais eficazes.
Equipamentos autônomos, como plantadeiras e colheitadeiras, já são uma realidade no plantio e na colheita de grãos. Embora a automação de culturas delicadas, como frutas, ainda apresente desafios, robôs já realizam colheitas sem causar danos aos produtos.
Sensores de campo possibilitam que os agricultores realizem a irrigação e a fertilização de forma mais precisa, evitando desperdícios. A IA desempenha um papel crucial na interpretação desses dados, sugerindo soluções ideais para o manejo das lavouras.
Máquinas agrícolas modernas são capazes de detectar automaticamente pragas e aplicar defensivos de maneira localizada, minimizando o uso excessivo de produtos químicos. O desafio atual é gerar mais dados que representem todas as condições de campo, permitindo a viabilização de novas tecnologias.
A aplicação da IA melhora as previsões de safras, integrando imagens de satélite e dados climáticos. Isso proporciona maior precisão, auxiliando os produtores a planejarem suas operações de maneira mais eficiente.
A adoção da IA na agricultura não apenas otimiza processos, mas também contribui para um agronegócio mais sustentável. “Essa inserção é o futuro. Em Uberlândia e região, já temos grandes propriedades adotando essas tecnologias. Contudo, o investimento é considerável, e as propriedades menores podem ter dificuldades para implementar imediatamente. No entanto, é impossível ignorar essa evolução”, conclui Hélida Leão.
Fonte: Portal do Agronegócio
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