Publicado em: 14/10/2022 às 08:40hs
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2019 do IBGE mostrou que 82,7% das residências brasileiras têm acesso à internet. Outra análise do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR relata que 97% das empresas nacionais usam a rede mundial de computadores para alguma finalidade.
Mas na área rural, os números ainda são baixos. Segundo o Ministério da Agricultura e a associação sem fins lucrativos ConectarAgro, 73% das propriedades rurais de norte a sul do Brasil ainda estão desconectadas e não aproveitam os benefícios que a tecnologia proporciona.
O especialista em redes wireless da FiberX, Fabrício Sgambatti, explica que a conectividade numa fazenda pode diminuir os custos operacionais em até 15% e aumentar a produtividade e o faturamento em até 25%.
“Quando os sensores de mapeamento do solo, plantadeiras, sistemas de irrigação, tratores, colheitadeiras, caminhões e outros implementos agrícolas ‘conversam entre si’, o produtor rural faz uma gestão mais eficiente, evita desperdícios, atua na lavoura com precisão e obtém resultados expressivos. É uma nova realidade”, diz.
Mas para que isso aconteça, é preciso que o sinal de internet alcance as áreas rurais. Pelos cálculos do Ministério da Agricultura, o Brasil tem 195 milhões de hectares que permanecem “off line”.
Para conectar metade desse território – usando as torres já existentes e o modelo de telefonia móvel por meio de sinal de 4G e 3G – seria preciso instalar 4.400 antenas. E para atingir 75% das propriedades rurais, é necessário construir 15.100 conjuntos de torres e antenas, o que pode demorar muito tempo.
Enquanto as ações governamentais caminham em ritmo lento, o homem do campo pode agir por conta própria e instalar uma rede privada em sua área rural.
Para isso, é necessário adquirir os equipamentos adequados, ter uma empresa especializada que faça todo o serviço e capacite os usuários. A fazenda vai precisar de uma torre de transmissão para expandir o sinal por fibra óptica ou micro-ondas e conectar os aparelhos.
“O custo varia de acordo com o tamanho da propriedade rural e os sistemas envolvidos, por isso os valores são individualizados em cada projeto. Entretanto, o retorno do investimento – que pode ser obtido por linha de crédito específica - acontece num prazo médio de 2 a 3 anos”, conta Sgambatti.
Depois que a rede 4G estiver implementada, todos os equipamentos podem trabalhar conectados. “Essa inteligência artificial vai gerar uma infinidade de dados que ajudam o agricultor a tomar decisões, que também pode ser feita pelo próprio sistema”, reforça Sgambati.
Atualmente, o 5G está se expandindo nas capitais brasileiras e depois vai para as grandes e médias cidades, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, que é o órgão regulador no país. Por enquanto, não existe um ecossistema 5G para o agro.
Contudo, quem implanta uma rede privada de 4G na área rural poderá fazer a migração no futuro para o 5G, quando o sinal estiver disponível, a um custo mais acessível e com mais rapidez, pois a infraestrutura já estará montada.
Uma rede particular garante a segurança dos dados ao produtor, que se torna dono da rede, diferente de quem contrata uma operadora e tem que pagar mensalidade.
Além disso, uma rede privada 4G é capaz de entregar até dez vezes mais cobertura em ambientes distantes dos grandes centros urbanos e quatro vezes mais cobertura em áreas próximas às cidades, quando comparada a sinal de Wi-Fi.
O especialista em redes wireless destaca que sem a tecnologia de conexão, o produtor só saberia que uma máquina quebrou depois de muito tempo perdido, quando ela não retornasse ao final da rotina programada. Mas com a conectividade 4G no campo, é possível saber o que aconteceu instantaneamente e buscar uma solução em tempo real.
“Os equipamentos novos já vêm com os dispositivos de fábrica capazes de diagnosticar tudo. Mas quem utiliza frota mais antiga de caminhões, tratores, empilhadeiras e colheitadeiras também pode acoplar esses aparelhos e obter os mesmos resultados”, ressalta Sgambatti.
Se o produtor tem uma máquina colhendo determinada cultura e abastecendo o caminhão, esse veículo pode sair do campo direto para a estrada, sem precisar ir até a sede da fazenda emitir a nota fiscal, pois tudo é feito eletronicamente numa impressora portátil.
Muito além de uma rede própria de internet, as soluções tecnológicas atuais para o agro permitem que robôs contra pragas e drones atuem milimetricamente para corrigir problemas localizados.
“Chega de gastos desnecessários. Agindo assim, o dono ou o gestor de uma fazenda poderá economizar 15% nos gastos e faturar até 25% a mais. Quem experimenta essas vantagens nunca mais retorna aos métodos tradicionais”, complementa especialista em redes wireless da FiberX.
Fonte: Assessoria de Imprensa FiberX
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