Conectividade e Digital

Avanços no Smart Farming Marcam a Terceira Revolução da Agricultura no Brasil

Evento no Agrienergy Summit 2024 discutirá como tecnologias aumentam a autonomia e a produtividade das propriedades rurais


Publicado em: 01/11/2024 às 16:30hs

Avanços no Smart Farming Marcam a Terceira Revolução da Agricultura no Brasil

O agronegócio se destaca como uma das principais atividades econômicas do Brasil, representando 23,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2023, segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Os investimentos em tecnologia têm sido um motor significativo desse crescimento.

Com o objetivo de explorar o avanço tecnológico no setor, o especialista em energias renováveis e diretor da 8.2 Curitiba, Heiko Lübke, fará uma palestra durante o Agrienergy Summit 2024, que ocorrerá nos dias 7 e 8 de novembro em Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer. Representando a Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Alemanha do Paraná (AHK Paraná), Lübke discutirá a integração da autogeração de energia nos processos agrários e suas respectivas vantagens. Este evento é o primeiro no Brasil totalmente dedicado ao conceito de Fazendas Inteligentes.

Lübke atribui o crescimento de 11,3% do PIB agropecuário no primeiro semestre de 2024 à inovação no campo. “A implementação de novas tecnologias tem crescido exponencialmente nas últimas décadas, preparando o setor para avançar rumo ao smart farming, que visa combinar maior produtividade com eficiência e redução dos impactos ambientais. Esta é a terceira revolução da agricultura, que prioriza a facilitação e automação do levantamento e processamento de dados relacionados à lavoura, colheita, beneficiamento, controle de qualidade, certificação de origem dos produtos e controle ambiental”, explica.

Entretanto, o caminho ainda é desafiador. O Brasil conta com 4,1 milhões de pequenos produtores, que representam aproximadamente 84% das propriedades rurais, muitos dos quais não possuem a mesma infraestrutura ou capacidade financeira que os grandes produtores. Lübke observa: “Há uma grande diferença entre o que pode ser implementado em grandes fazendas e o que está ao alcance do pequeno agricultor. Por outro lado, esses produtores têm acesso a sistemas de apoio e cooperativas agropecuárias que auxiliam no desenvolvimento de suas atividades, visando criar diferenciais para seus negócios e garantir sua subsistência”.

Em um setor que cresce rapidamente em todo o mundo, novas práticas mais eficientes, sustentáveis e dinâmicas estão sendo introduzidas por meio de modernizações tecnológicas que transformam a agricultura e a pecuária. Lübke enfatiza que a adoção dessas soluções requer um processo de mapeamento, compreensão e análise dos dados do empreendimento, assim como a necessidade de otimizar o tempo de implementação utilizando métodos eficazes.

“Em outras palavras, automatizar a gestão do gado e utilizar a tecnologia para obter informações precisas para a tomada de decisões são fundamentais para que o agricultor possa dedicar mais tempo ao trabalho no campo, que, mesmo com as implementações, continua a ser essencial”, afirma Lübke.

As fazendas inteligentes utilizam ferramentas de Agricultura de Precisão, Agricultura 5.0, Agricultura Digital, além de tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e Big Data, permitindo o rastreamento, monitoramento, automação e análise das operações agrícolas. “Essas soluções contribuem para a redução do desperdício, precisão na aplicação de fertilizantes, aumento da segurança e eficiência operacional, além de melhorar a rastreabilidade dos produtos agrícolas, resultando em lavouras mais rentáveis e sustentáveis”, complementa Lübke.

Na perspectiva de Augusto Michells, gerente regional da AHK Paraná, a Alemanha é um exemplo global na implementação de tecnologias no contexto rural. “Por essa razão, como representantes da economia alemã no estado, temos a satisfação de apoiar a primeira edição do Agrienergy, que será realizada em nossa cidade-sede”, conclui Michells.

Fonte: Portal do Agronegócio

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