Biotecnologia

Pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia é o único brasileiro no comitê editorial de revista científica internacional

Elibio Rech é o novo integrante do seleto time de cientistas que edita a Plant Biotechnology Journal


Publicado em: 06/02/2013 às 14:20hs

Pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia é o único brasileiro no comitê editorial de revista científica internacional

O pesquisador Elíbio Rech, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 47 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, é o único representante do Brasil em uma das revistas científicas mais importantes do mundo na área de biotecnologia vegetal. A partir de hoje (05/02), ele passa a integrar o time internacional de cientistas responsável pela edição da revista Plant Biotechnology Journal, no qual estão representados mais de 10 países: EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália, Itália, Alemanha, Bélgica, Índia, China, África do Sul, Japão e países baixos.

A Plant Biotechnology Journal é uma revista eletrônica que oferece acesso aberto a artigos científicos de vários países sobre pesquisas aplicadas à área vegetal, com ênfase em biologia molecular. É publicada pela editora norteamericana Wiley-Blackwell (em associação com a Sociedade de Biologia Experimental (SEB, sigla em inglês) e a Associação de Biologia Aplicada (AAB), com o objetivo de divulgar pesquisas da área de biotecnologia vegetal, incluindo biologia celular e molecular, e de outros campos relacionados, como: entomologia, nematologia, interação planta-praga, fisiologia de plantas, melhoramento genético, virologia, entre outras.

A Wiley-Blackwell é a vertente científica da editora norteamericana John Wiley & Sons, responsável pela distribuição global de mais de 1.500 publicações acadêmicas anuais, em versão impressa e on-line, bem como bancos de dados, obras de referência importantes e protocolos de laboratório.

Saiba mais sobre Elíbio Rech

Elíbio Rech é agrônomo, graduado pela Universidade de Brasília (UnB), com mestrado em fitopatologia pela mesma Universidade, e doutorado e pós-doutorado na Inglaterra, pela Universidade de Nottingham.  Ingressou na Embrapa em 1981 e sempre trabalhou na área de biotecnologia vegetal.  Em 2002, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de comendador, que é o prêmio mais importante concedido a um cientista no Brasil. Em 2005, foi eleito membro da Academia Brasileira de Ciências, na área de ciências agrárias.

Desde que entrou na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Rech vem trabalhando no desenvolvimento de plantas transgênicas com características de interesse para a agropecuária nacional. 

Atualmente, coordena em parceria com universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior, pesquisas de biologia sintética, uma forte aliada dos cientistas na geração de produtos oriundos da biotecnologia e no seu desenvolvimento em larga escala, pois permite “copiar” os processos da natureza em laboratório.

Esta área integra conhecimentos de diferentes disciplinas, como biologia, química, física, matemática, informática, biotecnologia e engenharia para a projeção e construção de novas funções e sistemas biológicos gerados em laboratórios. O objetivo da biologia sintética é criar formas de vida artificiais a partir de elementos naturais. Com isso, derruba as fronteiras entre o vivo natural e o tecnológico manipulável com o objetivo de gerar novos produtos, tecnologias e aplicações em prol da economia brasileira.

Entre as pesquisas lideradas por Rech, destacam-se: identificação e isolamento de genes de aranhas da biodiversidade brasileira com o objetivo de desenvolver novos biopolímeros e produção de biofármacos, ou medicamentos biológicos, obtidos por fontes ou processos biológicos, a partir do emprego industrial de micro-organismos ou células modificadas geneticamente.

A expectativa da Embrapa ao investir em pesquisas com biofármacos, como explica Rech, é fazer com que esses medicamentos cheguem ao mercado farmacêutico com menor custo, já que são produzidos diretamente em plantas, bactérias ou no leite dos animais.  Existem evidências de que a utilização de biofábricas pode reduzir os custos de produção de proteínas recombinantes em até 50 vezes.

A tecnologia de utilização de biofábricas para produção de fármacos valoriza ainda mais o agronegócio brasileiro, já que permite a agregação de valor a plantas, animais e micro-organismos.

Fonte: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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