Biotecnologia

Melhoramento genético precisa antever problemas da agricultura

Tema foi alvo de discussão no Congresso brasileiro da Soja


Publicado em: 15/06/2012 às 20:10hs

Melhoramento genético precisa antever problemas da agricultura

Em Cuiabá (MT), cidade sede do Congresso Brasileiro da Soja (CBsoja), alerta de especialistas: o melhoramento genético é peça fundamental para o desenvolvimento de uma agricultura competitiva. É o que destacou o pesquisador da Emprapa Soja, Marcelo Oliveira. Ele moderou os debates no painel 'Estratégias do melhoramento genético frente às demandas atuais e futuras'.

O pesquisador lembra que por anos o agricultor brasileiro vem sendo assistido com o aperfeiçoamento de variedades de soja - sejam estas convencionais ou mesmo transgênicas. O desafio é antever-se às demandas do futuro e por meio da pesquisa fornecer um banco de opções para gerar renda ao setor.

"Por meio do melhoramento visa-se criar novas variedades que permitam atender a um futuro", ponderou o especialista, ao mencionar as necessidades da agricultura empresarial: ampliar os índices produtivos. Mas que os resultados das pesquisas cheguem de fato ao produtor rural ainda é preciso esperar em média dez anos, lembra o especialista da Embrapa. Isto tudo baseado na necessidade de se cumprir protocolos exigidos para garantir que o produto a ser futuramente utilizado seja seguro.

"Você tem que estar atento ao que vai acontecer daqui a 8 ou mesmo 10 anos. É pensar um possível problema. Quem gera a demanda por pesquisas de melhoramento genético é o produtor rural", mensura o pesquisador.

No Brasil, estimam-se que pelo menos 100 novas variedades de soja sejam lançadas todos os anos pelas empresas de pesquisa, conforme o pesquisador da Embrapa Soja. Cabe sempre ao produtor ter a opção de escolha, ressalva Marcelo Oliveira.

Glen Hartman, pesquisador da Universidade de Illinois e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA - sigla em Inglês), lembra que o aperfeiçoamento das pesquisas tem servido para que no mundo amplie-se o potencial do setor produtivo.

Somente no Brasil, por exemplo, a produção de grãos cresceu nas últimas décadas sem que houvesse a abertura de novas áreas. Entre a década de 60 até os dias atuais a produção brasileira saltou da casa de 17 milhões de toneladas para 160 milhões de toneladas.

"Por meio do melhoramento genético fazemos com que as variedades novas cheguem aos produtores rurais. É o futuro com certeza, apesar de não ser recente este tema", ressalva o norte-americano.

Fonte: Agrodebate

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