São micronutrientes essenciais para garantir a resistência do organismo e a saúde dos olhos e que agora estão presentes em cultivares de mandioca, batata-doce, feijão, milho, arroz e abóbora. Graças a uma ampla rede de parceiros, estes alimentos estão chegando às comunidades rurais e ajudando a combater a “fome oculta”. A palestra sobre alimentos biofortificados na Rio+20 será dada pela Embrapa, no Auditório 1 do Espaço Agro Brasil, no Pier Mauá (centro do Rio de Janeiro/RJ), às 11h.
O pesquisador José Luiz Viana de Carvalho, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, será o palestrante e destacará a evolução da pesquisa no Brasil e as estratégias para transferência de tecnologia em Estados como Maranhão, Piauí, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
A experiência brasileira tem influenciado a iniciativa na América Latina, Caribe e África onde a biofortificação é conduzida por outros centros de pesquisa que integram o programa HarvestPlus. O destaque brasileiro deve-se a capacidade de trabalho conjunto que envolve 11 Unidades da Embrapa mais Universidades, prefeituras, extensão rural, associações de produtores e parceiros internacionais.
A mandioca, por exemplo, é um alimento muito presente na mesa dos brasileiros, principalmente nas comunidades rurais de Norte a Sul do país. As pesquisas conduzidas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura chegaram a cultivar Jari. De polpa amarela, macia e rápido cozimento, ela tem até 9 microgramas de betacaroteno (pró-vitamina A) por grama em raízes frescas.
Nas cultivares convencionais a presença desse micronutriente é inexpressiva. “A mandioca mais nutritiva aumenta a oferta de pró-vitama A sem alterar os hábitos alimentares.”, afirma Viana. Os detalhes e os principais resultados sobre a biofortificação no Brasil podem ser conferidos em
www.biofort.com.br.