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Biotecnologia e Uso de Drones Impulsionam Produtividade dos Pequenos Produtores de Algodão em Catuti (MG)

Inovações tecnológicas e parcerias estratégicas promovem uma produção mais sustentável e eficiente na região do norte mineiro


Publicado em: 22/10/2024 às 15:30hs

Biotecnologia e Uso de Drones Impulsionam Produtividade dos Pequenos Produtores de Algodão em Catuti (MG)

A adoção de biotecnologia avançada, combinada à pulverização precisa com drones, resultou em um aumento médio de 27% na produtividade do algodão entre os produtores de Catuti, em comparação com a safra anterior. Localizada no norte de Minas Gerais, a região, que engloba 16 municípios, viu sua área cultivada de algodão reduzir drasticamente desde a década de 1980, em decorrência do impacto do bicudo do algodoeiro. No entanto, uma significativa recuperação começou em 2024, quando 85 pequenos agricultores da Coopercat (Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti) receberam, da Bayer, sementes certificadas de algodão com a biotecnologia Bollgard 3 e um drone para manejo mais eficiente.

José Tibúrcio de Carvalho Filho, assessor técnico da Coopercat e um dos líderes do projeto de revitalização da produção de algodão na região, ressalta que “graças às sementes certificadas com biotecnologia, estamos conseguindo avançar novamente no plantio do algodão. Elas proporcionam proteção e produtividade ao algodoeiro, permitindo um manejo mais eficaz de doenças e pragas. Hoje, plantamos a mesma variedade utilizada por grandes produtores, e os resultados refletem claramente no aumento do rendimento e na qualidade da fibra.”

A Bayer doou aproximadamente 100 sacos de sementes certificadas da variedade Deltapine, incluindo as DP 1866 B3RF e DP 1857 B3RF. Essas sementes, de ciclo médio-precoce, foram selecionadas por sua estabilidade e adaptabilidade em diferentes condições de cultivo, oferecendo proteção ampliada contra as principais lagartas que atacam o algodão, além de resistência à doença azul e à bacteriose.

Na última safra, os produtores realizaram a pulverização utilizando drones, o que resultou na eliminação integral dos danos causados pelo bicudo do algodoeiro. Apesar de manter a quantidade de inseticida aplicada, a calda de pulverização foi reduzida em 96%. “Com o treinamento de quatro operadores, utilizamos o drone em 352 hectares, com propriedades variando entre 1 a 35 hectares. O uso de biotecnologia de última geração na região demonstrou ser promissor, e tivemos excelentes resultados nas pequenas propriedades. Nossa expectativa é expandir para 800 hectares no futuro e coletar dados para mensurar o impacto”, explica Tibúrcio.

Geraldo Berger, líder de Assuntos Científicos e Regulatórios da divisão agrícola da Bayer Latam, expressa satisfação ao participar da recuperação da produtividade dos produtores de algodão do norte mineiro: “Essa ação está totalmente alinhada com nosso compromisso global de apoiar o desenvolvimento de pequenos produtores através da transferência de tecnologia, capacitação e treinamento. A evolução da cotonicultura em pequenas propriedades demonstra que, por meio da colaboração e troca de experiências, é possível superar desafios, independentemente da região ou do tamanho da propriedade.”

Por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), a Agência Brasileira de Cooperação, o PROALMINAS/SEAPA/G e o Centro de Difusão de Tecnologias Algodoeiras de Catuti, a Coopercat busca conhecimentos para desenvolver a agricultura familiar e mapear a evolução da cotonicultura na região, adotando tecnologias que melhorem a produtividade, irrigação, pulverização e comercialização da fibra.

Com esses avanços, os cotonicultores esperam, no futuro, poder rotacionar o cultivo do algodão com sorgo ou milho. “Ainda enfrentamos desafios no beneficiamento da fibra, mas temos planos de expansão. No caso do sorgo e do milho, observamos um impacto ainda maior com o uso da tecnologia. No manejo convencional anterior, precisávamos realizar de 3 a 4 aplicações, o que resultava na eliminação de apenas 10% das lagartas. Com o uso do drone, conseguimos realizar de 1 a 2 aplicações e eliminamos completamente os danos causados pelas lagartas”, conclui Tibúrcio.

Fonte: Portal do Agronegócio

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