Publicado em: 27/11/2024 às 11:15hs
O Monitor de Tendências do Agronegócio Brasileiro, encomendado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apontou uma alta taxa de rejeição ao seguro rural entre os produtores agropecuários brasileiros. De acordo com a pesquisa, 36% dos 514 produtores consultados afirmaram que não pretendem contratar o serviço para a próxima safra. A resistência é mais acentuada entre os pecuaristas, com 48% manifestando desinteresse, enquanto 33% dos agricultores também se mostraram contrários ao seguro. O principal fator apontado pelos produtores é o elevado custo do seguro rural.
Entre as culturas avaliadas, a cana-de-açúcar e a soja apresentaram os menores índices de intenção de adesão ao seguro, enquanto para milho, café e algodão, cerca de metade dos entrevistados demonstraram interesse pelo serviço, refletindo uma demanda mais significativa nestes segmentos. Embora muitos vejam o custo como um obstáculo, a pesquisa destaca que o seguro é reconhecido por muitos produtores como uma ferramenta essencial para garantir a sustentabilidade das atividades, especialmente diante das condições climáticas adversas cada vez mais frequentes.
Apesar da rejeição expressiva, 39% dos produtores disseram que pretendem contratar o seguro para a próxima safra, com uma divisão equilibrada entre agricultores (40%) e pecuaristas (35%). No entanto, 25% dos entrevistados não souberam responder, o que pode indicar incertezas sobre o custo-benefício ou o acesso a possíveis subsídios governamentais.
Com o aumento das incertezas climáticas, o seguro rural se torna uma ferramenta cada vez mais importante para mitigar riscos e evitar perdas financeiras. Para aumentar a adesão dos produtores, a pesquisa sugere a ampliação de políticas públicas de subsídio ao seguro e a realização de campanhas de conscientização, garantindo maior estabilidade financeira para o agronegócio brasileiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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