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Vazio sanitário do algodão em MT começa dia 1º

A partir do dia 1º de outubro tem início em Mato Grosso o vazio sanitário do algodão, indo até o dia 30 de novembro - intervalo de tempo em que é proibido o plantio


Publicado em: 24/09/2012 às 19:20hs

Vazio sanitário do algodão em MT começa dia 1º

De acordo com o coordenador de Defesa Vegetal do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Ronaldo Medeiros, esta medida vai de encontro às necessidades do setor produtivo e também dá mais segurança a todos os envolvidos nesta cadeia. Na verdade, o início do deste vazio sanitário deveria acontecer 15 dias antes, mas o atraso da colheita acabou levando os cotonicultores a pedirem uma prorrogação deste prazo.

Isso porque a colheita, em condições climáticas favoráveis, geralmente termina no dia 20 de agosto, o que não aconteceu este ano. Já que dados do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que até a primeira semana de setembro ainda faltavam 4% do algodão a ser colhido no Estado.

A manutenção de áreas em que se observa o cultivo permanente de algodão é uma ameaça para a cotonicultura. Isso porque o Bicudo do Algodoeiro, considerado a principal praga da cultura, além de grande capacidade destrutiva possui habilidade para permanecer nessas lavouras durante a entressafra. Por esse motivo, fica estabelecido o Vazio Sanitário do Algodão, medida fitossanitária para a prevenção e controle do Bicudo, que visa proteger a produção do Estado dos prejuízos ocasionados pela praga. Nesse período não pode existir nenhuma planta viva de algodão. A eliminação de todos os restos culturais ou soqueira deve ocorrer no prazo de 15 dias após a colheita, sendo de responsabilidade dos produtores, proprietários, arrendatários ou ocupantes de propriedades produtoras de algodão. Estão desobrigadas somente as áreas de pesquisa científica e de produção de sementes genéticas, quando autorizadas, controladas e monitoradas pelo IMA.

Na semana passada o Indea divulgou os números do vazio sanitário da soja, que terminou no último dia 15. De acordo com os dados foi o pior desde o início da medida, que começou no ano de 2006. De acordo com Ronaldo Medeiros, nesta safra a soja guaxa foi encontrada em locais inusitados, inclusive no perímetro urbano. O número de autuações aumentou 36,6%, saindo de 30 em 2011 para 41 em 2012. No mapa de risco da ferrugem para a safra 2012/2013 a região Sul do Estado aparece em 1º lugar. Durante o período do Vazio Sanitário, que foi de 15 de junho a 15 de setembro, o Indea percorreu e fiscalizou 2.818 propriedades, emitidos 308 notificações determinando a imediata destruição da soja guaxa detectada. No ano passado, foram fiscalizadas 2.800 propriedades, emitidas 320 notificações e 32 autuações.

Entende-se por vazio sanitário o período de ausência total de plantas vivas da soja, excluindo-se as áreas de pesquisa científica e de produção de semente genética, devidamente monitorada e controlada. A medida adotada pela Secretaria de Estado de Agricultura Pecuária e Abastecimento é uma proteção contra a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow que provocou um prejuízo de 2 bilhões de dólares à sojicultura brasileira na safra 2005/2006. Durante o período do Vazio Sanitário, que vai de 1º de julho a 30 de setembro, todas as plantas de soja existentes na propriedade devem ser erradicadas, por meio de produtos químicos ou equipamentos.

Fonte: A Gazeta

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