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UNCTAD: Brasil cai no ranking dos preferidos para investimentos estrangeiros

Foi a primeira queda do Brasil neste ranking desde o início do levantamento, em 2008


Publicado em: 09/07/2012 às 12:10hs

UNCTAD: Brasil cai no ranking dos preferidos para investimentos estrangeiros

O Brasil perdeu uma posição entre os países preferidos pelos empresários como destino de Investimento Estrangeiro Direto (IED) para os próximos dois anos, segundo pesquisa da Agência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) realizada neste ano com 600 empresários. Foi a primeira queda do Brasil neste ranking desde o início do levantamento, em 2008.

Quinto lugar - De acordo com o Relatório Global de Investimentos da entidade, o país, que ocupava a quarta posição no ano passado, agora aparece em quinto lugar como destino preferencial para realização de aportes de capital produtivo. A Indonésia, que aparecia em sexto lugar no ranking no ano passado, ultrapassou o Brasil e agora está em quarto lugar entre os destinos mais atrativos para investimentos. Nas primeiras posições estão China, Estados Unidos e Índia.

Alerta - Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), entidade responsável pela divulgação da pesquisa no Brasil, afirmou que embora o país continue a aparecer em posição de destaque entre os destinos mais atrativos para o investimento os dados acendem uma luz amarela. “No longo prazo, o Brasil começa a perder um pouco o brilho”, afirma ele, que projeta que o investimento estrangeiro para o Brasil em 2012 some US$ 50 bilhões, cerca de 25% a menos do que no ano passado. No mesmo período, o fluxo total de IED no mundo deve alcançar US$ 1,6 trilhão, aumento de 5% em relação ao ano anterior, segundo projeção da Unctad.

Crescimento doméstico - Para Afonso Lima, essa queda irá refletir o crescimento doméstico menor esperado para esse ano, o que freia projetos de empresas que olhavam o diferencial de crescimento do Brasil em relação ao restante do mundo. Além disso, explica, há também o fato de que a região que mais investe no país, a Europa, enfrenta uma séria crise econômica e, por isso, é natural que a capacidade de investimento externo das empresas instaladas nesses países se retraia.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

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