Publicado em: 13/04/2012 às 12:10hs
O evento liderado pelo APLA – Arranjo Produtivo Local de Piracicaba – terá participação do gerente geral da CERES, William Burnquist. Líder no desenvolvimento de culturas energéticas, a empresa introduz no País há dois anos a marca BLADE de sementes de sorgo sacarino.
O executivo ressalta que a empresa identifica um grande potencial nesse mercado tido como altamente inovador, que emerge no Brasil atrelado ao setor sucroenergético. O cultivo e o processamento de sorgo sacarino, explica Burnquist, permitem manter a produção de etanol combustível em plena entressafra da cana-de-açúcar, graças ao emprego de sementes de última geração dessa cultura energética, que apresenta várias semelhanças com a cana.
Burnquist revela que os planos da CERES no País estão concentrados também no desenvolvimento de novos híbridos de sorgo sacarino, com potencial para prover mais etanol e biomassa em complemento à cana, e a custos inferiores. De acordo com ele, a colheita dos primeiros campos comerciais dos híbridos de sorgo sacarino da CERES está em andamento este mês (abril), em diversas usinas da região Centro-Sul.
“O etanol de sorgo sacarino deve ser encarado hoje como uma tecnologia complementar, que no curto prazo é capaz de responder às aspirações do setor quanto ao aumento da produção do biocombustível”, salienta Burnquist. “O sorgo viabiliza uma escala rápida de produção por permitir o uso da infraestrutura já instalada nas usinas”, enfatiza. Segundo ele, para a extração do etanol combustível de sorgo nenhuma alteração se faz necessária na logística, nem nos equipamentos, tradicionalmente empregados na colheita e na moagem dessas empresas.
As primeiras variedades de sorgo sacarino chegaram ao Brasil na década de 1970, por iniciativa de pesquisadores da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Cultivada com emprego de sementes – diferentemente da cana, que demanda plantio de mudas -, essa gramínea apresenta ciclo reprodutivo de 90 a 140 dias, entre os meses de novembro e abril, exatamente no período da entressafra da cana, e produz açúcar fermentável e bagaço em abundância.
Gerente de marketing da CERES, Antonio Kaupert afirma que o cultivo de sorgo sacarino permite, potencialmente, fazer com que as usinas aumentem sua produção de etanol por um período superior a 30 dias por ano-safra. Ele explica ainda que essas plantas se desenvolvem mais rápido do que a cana, além de alcançar picos de concentração de açúcar em diferentes épocas.
“Da mesma maneira que ocorre com a cana, podemos prever futuramente produzir etanol de sorgo também pelo método celulósico ou de segunda geração, ou seja, partir da biomassa da cultura”, finaliza Kaupert.
Fonte: Ceres Sementes do Brasil - Assess
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