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SINDAG: Paraná apreende 8,6 t de defensivos contrabandeados

Em 2011 foram apreendidos no Paraná cerca de 8,6 toneladas de defensivos agrícolas falsificados e contrabandeados


Publicado em: 24/02/2012 às 18:25hs

SINDAG: Paraná apreende 8,6 t de defensivos contrabandeados

O volume, segundo dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindag) foi 2,4 toneladas menor do que o contabilizado em 2010. Hoje, de acordo com a entidade, o Estado está na quarta posição do ranking nacional de apreensões de produtos agrícolas sem procedência. Fernando Henrique Marini, gerente da campanha de produtos ilegais do Sindag, afirma que o motivo dessa queda no Paraná se deve ao endurecimento das autoridades que inibiram a ação dos contrabandistas. Marini acrescenta que isso se deu graças à Operação Sentinela, ação coordenada entre as Forças Armadas, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério da Agricultura, entre outras entidades para o combate ao contrabando. ''Só neste ano já tivemos três grandes apreensões nas regiões de Itaipu, Cascavel, Santa Terezinha e Terra Roxa, todas localizadas no Oeste do Estado''. Marini atesta que essas regiões são as principais portas de acesso de produtos vindos do Paraguai e Argentina.

Aumentou - Em todo o Brasil, de janeiro a dezembro de 2011, foram apreendidas 55 toneladas de defensivos agrícolas ilegais. O volume, de acordo com dados divulgados pela Receita e pela Polícia Federal, apontou uma alta de 73% se comparado ao número de apreensões registradas em 2010. As principais ocorrências de produtos falsificados e contrabandeados foram registradas nos estados de São Paulo (12,5 t), Mato Grosso do Sul (9,9 t), Mato Grosso (8,7), Paraná (8,6 t), Rio Grande do Sul (6,8 t) e Goiás (5,3 t). Das apreensões realizadas em todo o País, 40% foram correspondentes a produtos falsificados e os outros 60% a itens contrabandeados. No mesmo período de 2010, os mesmos dados atingiram 5% e 95%, respectivamente. Dados da campanha nacional contra os agrotóxicos ilegais, liderada por órgãos representativos do setor, mostram que o aumento das apreensões encontra respaldo na ampliação das ações de repressão capitaneadas pelas polícias estaduais e Federal, Ministério e secretarias estaduais de Agricultura, Ibama, Receita Federal, entre outros órgãos.

Consequências - Irineo Zambaldi, gerente técnico da Associação Norte Paranaense de Revendedores Agroquímicos (Anpara), destaca que concorrer com os produtos ilegais é desleal. O representante da entidade frisa que não só o mercado legalizado sai perdendo com o uso de produtos contrabandeados, mas também o produtor. ''O agricultor não tem nenhuma segurança quanto ao uso desses produtos. Se ele não funcionar, para quem vai reclamar?'', questiona Zambaldi. O representante da Anpara frisa que a falta de um controle de qualidade pode gerar riscos não só para a lavoura, mas também para a saúde do agricultor, devido ao alto índice de impureza contido nesses produtos. ''Além disso, o produtor poderá responder pelos crimes de receptação e danos à saúde pública'', frisa.

Ilegalidade - Zambaldi comenta que a maioria dos usuários desses produtos são atraídos pelos baixos preços. ''Mas, se o agricultor colocar na ponta do lápis o que ele pode perder, não vale a pena optar pela ilegalidade''. Outro agravante, completa o técnico da Anpara, são os danos que esses produtos podem causar ao meio ambiente. ''Em relação às embalagens, por exemplo, o Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) não coleta frascos de defensivos sem nota fiscal''. Para tentar acabar com esse mercado, foi criada uma campanha nacional contra os agrotóxicos ilegais. Uma das iniciativas foi a criação de um serviço de Disque-Denúncia, cujo objetivo é dar suporte à ação das autoridades. Até hoje já foram contabilizados mais de 16 mil chamadas. Para denunciar basta ligar no 0800-940-7030. A ligação é gratuita e o denunciante não precisa se identificar.

Fonte: Folha de Londrina

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