Publicado em: 20/06/2012 às 17:20hs
O Brasil tem importantes vantagens comparativas na produção agrícola que, se bem exploradas, permitem fortalecer sua posição como um dos principais produtores mundiais de alimentos. Por outro lado, temos importantes gargalos que impedem uma expansão mais acelerada da produção de grãos e de proteína animal, que precisam ser resolvidos. Este é o balanço do Seminário Agroceres de Economia e Negócios, que aconteceu durante a Agrofena/Fenamilho, em Patos de Minas, no Triângulo Mineiro.
O evento reuniu cerca de 300 participantes, entre especialistas e principais lideranças do agronegócio da região. Para o Presidente Executivo do Grupo Agroceres, Fernando Pereira, a participação do público superou as expectativas. “Foi excelente, não só em função do número de participantes, como também pela qualidade de público. Estava bastante diversificado e de alto nível. O interesse das pessoas pelo debate também foi surpreendente”, destacou o executivo.
Na sua primeira edição, o Seminário Agroceres contribuiu para fortalecer o projeto Agrofena, destacou o Presidente do Sindicato Rural de Patos de Minas, Cláudio Nasser. “As palestras agregaram informações qualificadas aos produtores locais e está bastante alinhado com o nosso objetivo de preparar nossos produtores para os desafios da atividade”.
O diretor de Marketing do Grupo Agroceres, Vitor Vanetti, ressaltou a importância da região na história da empresa. “Patos de Minas é um dos berços da Agroceres, o seu fundador Antônio Secundino de São José nasceu nesta região em 1910. Hoje, quase 70 anos após a sua fundação, a região é sede de uma das principais bases da Agroceres. Três das nossas linhas de negócios (Agroceres Multimix, Agroceres Pic e Biomatrix) têm sedes administrativas e operacionais aqui. E este evento faz parte do nosso compromisso de contribuir com o desenvolvimento do agronegócio local. Foi uma oportunidade importante para estar em contato com os produtores e trazer informações que consideramos relevantes para suas tomadas de decisões, e assim ajudarem o agronegócio desta área se manter cada vez mais forte no cenário nacional”.
Perspectivas Positivas
Apesar da tendência de preços mais baixos para o milho, a cotação deve se manter ainda em patamares elevados em relação aos valores históricos e garantir a rentabilidade do produtor, afirmou o analista de mercado da Céleres, Leonardo Menezes, durante a palestra Perspectivas para o mercado de Grãos e Carnes. “A manutenção da alta demanda global é um importante fator de sustentação nas cotações”, disse o especialista.
Ele também defendeu o uso de inovações tecnológicas no desafio de produzir mais alimentos na mesma área agriculturável. “A biotecnologia é um a aliada do produtor, a disponibilidade de sementes resistentes a insetos, de herbicidas e de tecnologias capazes de minimizar o impacto ambiental da produção são avanços que trouxeram também ganhos de produtividade”.
O coordenador do Centro de Estudos do Agronegócio na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex- ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, defendeu durante o encontro a união da cadeia produtiva para a criação de um projeto global e segurança alimentar e energética com sustentabilidade. “Podemos assumir a liderança de um projeto global, mas, para isso, precisamos de estratégia interna e de parcerias com outros países. É só nos organizando que teremos força para liderar o agronegócio mundial”, declarou.
Entre as vantagens do Brasil, o especialista destacou a disponibilidade de recursos naturais, humanos e tecnologia. “A biotecnologia, a nanotecnologia, são ferramentas que nos colocam na dianteira e estão avançando muito no país”. Contudo ele ressaltou alguns gargalos da produção brasileira que devem ser superados para as boas projeções se concretizarem. Entre eles estão a criação de políticas de renda, políticas de comércio e de tecnologia.
Ele também aponta questões de infraestrutura, logística, juros, tributos, câmbio e burocracia entre os entraves do agronegócio brasileiro. “A nossa lição de casa deve ser criar uma estratégia nacional, além de estabelecer uma segurança jurídica para o setor. Também vamos precisar comunicar a importância da nossa atividade e nos organizar melhor. O Brasil é o país do mundo que se encontra melhor posicionado em tem recursos naturais, profissionais qualificados e tecnologia para desenvolver a produção de alimentos”.
O Seminário Agroceres de Economia e Negócios foi promovido pelas empresas do Grupo Agroceres: Agroceres Multimix (Nutrição Animal), Agroceres Pic (Genética de Suínos) e Biomatrix (Sementes de Milho e Sorgo), com o apoio do Sindicato Rural de Patos de Minas.
Fonte: Assessoria de Imprensa Agroceres
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