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Secretário propõe que BB e CEF participem da concessão de crédito emergencial aos produtores do Nordeste

O objetivo é reforçar a atuação do Banco do Nordeste do Brasil e acelerar o acesso ao benefício a agropecuaristas nordestinos


Publicado em: 25/04/2013 às 18:20hs

Secretário propõe que BB e CEF participem da concessão de crédito emergencial aos produtores do Nordeste

Falando em nome dos secretários de Agricultura dos estados do Nordeste, na condição de presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), o secretário da Agricultura da Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, propôs que o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF), sejam escalados pelo governo federal para ajudar o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) na concessão do crédito emergencial aos produtores dos estados Nordestinos, afetados pela seca.
 
De acordo com Salles, o BNB tem realizado brilhante trabalho dentro das suas possibilidades na contratação do credito emergencial, até mesmo deslocando funcionários para as regiões de maior necessidade e realizando inclusive mutirões, mas neste momento a demanda é muito grande e o banco, por mais que se esforce, não consegue atender ao grande volume de solicitações principalmente porque o banco possui poucas agências no semiárido nordestino.

A proposta é que sejam fixados recursos de outras fontes, que não o FNE, para que estas duas instituições financeiras possam, com as mesmas condições de contratação e com a capilaridade que possuem devido ao grande número de agências em praticamente todos os municípios do semiárido, propiciar aos produtores acessar mais facilmente o crédito emergencial.
 
Salles explica que a participação do BB e CEF fará com que os produtores tenham, rapidamente, recursos para, por exemplo, adquirir o milho subsidiado para minimizar o prejuízo nos seus rebanhos. Essa solicitação do Conseagri será encaminhada por meio de ofício à presidente Dilma Rousseff e aos ministérios pertinentes.
 
A proposta do secretário foi apresentada em Petrolina, na sede da Embrapa Semiárido, onde durante dois dias (22 e 23) foi debatida a reestruturação produtiva do semiárido com o ministro Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas; Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura; Ranilson Ramos, secretário da Agricultura de Pernambuco; Waldir Stumpf, diretor de Transferência de Tecnologia da Embrapa; Wilson Dias, Superintendente de Agricultura Familiar da Seagri; Marcelo Mattos, diretor de Pecuária da EBDA; Carlos Armando, assessor da Seagri, além dos secretários de Agricultura dos demais estados do Nordeste; técnicos da Embrapa e representantes da Fetag e Fetraf dentre outros movimentos sociais.
 
Critérios da DAP para o Nordeste tem que ser diferenciado
 
O presidente do Conseagri reivindicou também que os critérios da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que delimita o enquadramento do Programa Nacional de Agricultura Familiar e, consequentemente o valor do crédito para os agricultores familiares, sejam modificados, não se considerando a média da receita dos produtores nos últimos 12 meses, como acontece hoje.
 
“Esse critério merece ser mudado”, pondera o secretário, justificando que “se permanecer assim, no caso dos agricultores do Nordeste, todos serão enquadrados no Pronaf B com limite de credito de apenas R$ 2.500,00, já que em função da seca o faturamento deles foi zero”. A sugestão apresentada por Salles é para que seja considerado sempre um ano normal, ou excluído o ano de seca.

Fonte: SEAGRI BA - Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária

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