Na capital paulista, Salles já tem agendadas reuniões com diversos executivos de grandes empresas do setor, visando atrair investimentos para o Estado, e também tentar trazer este evento para a Bahia em 2013, onde, este ano, já vai acontecer, em Salvador, o Congresso Mundial de Avicultura, com o apoio da secretaria. No ano passado, a Bahia sediou o Congresso Brasileiro de Suinocultura.

O governo da Bahia, através da Secretaria da Agricultura, está presente na AveSui com um estande demonstrando a um público seleto e tomador de decisão as oportunidades de investimentos no Estado, inclusive ao longo da Ferrovia da Integração Oeste Leste (Fiol). O evento, reconhecido como a vitrine da avicultura e suinocultura do continente, reúne profissionais, criadores e empresários do setor. Os presidentes das associações baiana de Avicultura e de Suinocultura também participam do evento, que começa nesta segunda-feira e prossegue até o dia 4.

A missão que Salles realizará em São Paulo tem grande importância para mudar a realidade e acelerar o desenvolvimento da avicultura e suinocultura do Estado. Ele explica que a Bahia produz anualmente, em média, 2,28 milhões de toneladas de milho e 3,63 milhões de toneladas de soja, insumos básicos para a produção de frangos e suínos, “mas não consegue transformar estes grãos em proteína animal”. O lógico, analisa o secretário, seria que o Estado suprisse sua população e exportasse carnes de frango e suínos e também ovos para outros estados e até outros países.

Salles considera que, apesar dos avanços obtidos com a inauguração no ano passado de uma grande empresa do setor avícola no Oeste baiano, gerando atualmente cerca de 1.500 empregos; o lançamento de duas pequenas aviculturas na região de Feira de Santana, e a ampliação de uma grande empresa do setor também no ultimo ano, “nós só produzimos 50% da carne de frango, 30% da carne de suínos e 30% dos ovos que a população do estado consome. Ou seja, nós somos importadores de estados que pouco ou nenhum grão de milho e soja produzem”.

Salles reivindica em Brasília ações para minimizar efeitos da seca

Na terça-feira (3), como presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), juntamente com os 26 secretários dos demais estados, Salles vai à Brasília para reuniões de trabalho, durante a manhã com o ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho, e toda a sua equipe e, pela tarde, com o novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. A pauta será composta por uma série de itens relativos à agropecuária nacional, entre eles ações para minimizar os efeitos da seca nas regiões Nordeste e Sul.

Na quarta-feira (4) pela manhã, o secretario viaja novamente, desta vez para a cidade de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, onde assina protocolo de intenções para a implantação, por um grupo empresarial que tem sócios mexicanos e brasileiros, de cinco hectares de estufa (cultivos protegidos) para a produção de hortaliças. Um dos sócios deste grupo participou de reuniões e visitas a áreas produtoras na semana passada, com o secretario Salles na cidade de Culliacan no México.

Também estarão em Morro do Chapéu os chefes das Embrapas de Uva e Vinho (RS), Clima Temperado (RS) e Semi-Árido (PE) para visitas técnicas ao experimento de uvas vinícolas e reuniões de trabalho visando a implantação de campos experimentais de morango e outras frutas de clima temperado.