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Seagri e Car discutem em Buerarema estruturação da mandiocultura

Município é incluído em programa que visa aumentar a produtividade


Publicado em: 24/09/2012 às 09:50hs

Seagri e Car discutem em Buerarema estruturação da mandiocultura

Organizar a cadeia produtiva da mandioca e fazer com que Buerarema volte a produzir a melhor farinha da Bahia. Estes foram os principais objetivos da audiência pública organizada na tarde desta sexta-feira (21), pela Câmara de Vereadores do município, com apoio da Secretaria da Agricultura/Superintendência de Agricultura Familiar (Seagri/Suaf), Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional/Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Sedir/Car). “Buerarema tem importância relevante no contexto da mandiocultura do Estado, e por essa razão anunciamos que o município foi incluído no projeto elaborado pela Câmara Setorial da Mandiocultura, destinado a reestruturar esta cadeia em todo o Estado”, disse o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles. Ele lembrou que a mandiocultura é uma das sete cadeias consideradas prioritárias, pelo alcance social e número de agricultores familiares envolvidos, e por isso incluída no Programa Vida Melhor, lançado pelo governador Jaques Wagner.

Momentos antes do início dos trabalhos na Câmara de Vereadores, em ato realizado na praça principal da cidade, o diretor executivo da Car, Vivaldo Mendonça, e o secretário Eduardo Salles entregaram um trator, equipado com implementos agrícolas, que será utilizado pelo conjunto de associações de produtores, para atender aos agricultores familiares do município.

De acordo com Salles, os maiores problema da mandiocultura, presente em todos os municípios baianos, é a produtividade e a pequena disponibilidade de manivas-sementes de qualidade genética. Para equacionar essas dificuldades, o secretário disse que a Câmara Setorial da Mandioca lançou um programa estruturante, batizado com o nome de Rede de Multiplicação e Transferência de Materiais Propagativos de Mandioca com Qualidade Genética e Fitossanitária para o Estado da Bahia (Reniva). Trata-se de uma ação de curto prazo, para ser executada nos próximos cinco anos em todas as regiões do Estado.

A Reniva, desenvolvida com a participação da Embrapa Mandioca e Fruticultura; Seagri/Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA); Sedir//Car; Fundação José Carvalho, Coopasub, Coopamido e Coopatan, propõe ações dinâmicas e inovadoras, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social dos agricultores que cultivam mandioca na Bahia. “Incluímos Buerarema nesse programa em reconhecimento à importância do município, que tem história pela farinha que produz, cuja fama já atravessou fronteiras, chegando à Europa e Estados Unidos”, explicou o secretário.

Além do secretário Eduardo Salles, participaram do evento o diretor executivo da Car, Vivaldo Mendonça; o superintendente de Agricultura Familiar da Seagri, Wilson Dias; Sérgio Murilo, chefe do Cenex/Ceplac; Henrique Almeida, presidente da Biofábrica de Cacau, e o prefeito da cidade, Mardes Lima, e Marivaldo Andrade Santos, coordenador geral do Cooperativa de produtores da região, dentre outros. 

Primeiras ações

“As primeiras ações para o fortalecimento da mandiocultura começam com a ampliação da assistência técnica e extensão rural; melhoria da produtividade, a partir da microprogação de manivas-sementes de qualidade por meio da Embrapa e Biofábrica de Cacau; recuperação de unidades agroindustriais, e organização da comercialização”, afirmou o superintendente da Suaf”, Wilson Dias.

De acordo com Wilson, um dos objetivos do programa Reniva é fazer com que a produtividade de mandioca na Bahia salte de 13 toneladas, em média, por hectare, para 20 toneladas de raiz. “Nós teremos vários campos permanente de produção de maniva-semente de qualidade, e um deles será em Buerarema”, anunciou.

Para Vivaldo Mendonça, diretor executivo da Car, o programa de reestruturação da mandiocultura é um dos mais importantes do governo do Estado, com alcance em toda território baiano. “É uma ação estruturante, mas para ter sucesso precisa do compromisso de todos e do fortalecimento do associativismo e do cooperativismo”, afirmou.

De acordo com o secretário Salles, esse projeto acontece num momento oportuno, em que vivemos uma situação complicada com a seca que atinge mais de 250 municípios e que terá reflexos nos próximos dez anos. Ele lembrou a mandioca é uma cultura presente no semiárido e o projeto Reniva é importante também para estruturar o semiárido para a convivência com a seca. Assim como a palma, os subprodutos da mandioca são importantes para a alimentação animal.

Além da qualidade das mudas, o estabelecimento de uma rede de multiplicação eficaz e regular, possibilitará o acesso dos agricultores às variedades melhoradas de mandioca, mais nutritivas, resistentes às doenças e altamente produtivas. Essa estratégia promoverá efetivo ganho de qualidade e produtividade, resultando em melhorias substanciais no sistema de produção, maior sustentabilidade e competitividade para a mandiocultura. A Bahia destaca-se como terceiro maior produtor de mandioca no Brasil, atrás do Pará e Paraná, com produção anual de 3,5 milhões de toneladas, 14,1% da produção nacional.

Fonte: SEAGRI BA - Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária

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