Publicado em: 13/04/2012 às 10:00hs
A estimativa parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cerca de dois meses antes do encerramento do ciclo. De acordo com Caio Rocha, secretário de Política Agrícola do órgão, neste ano devem ser contratados cerca de R$ 95 bilhões até o fechamento da safra, em 30 de junho. Até o momento, R$ 72 bilhões foram consumidos entre julho de 2011 e fevereiro deste ano – cerca de R$ 10 bilhões a mais que no mesmo período do ano passado, conforme o mapa.
Investimento -“Isso não significa que o produtor não está investindo. Neste ano, com toda estiagem, produzimos 160 milhões de toneladas”, ressalta Rocha. Cerca de 20% do valor aplicado do PAP – R$ 18 bilhões – devem ficar nas mãos dos agricultores paranaenses.
De acordo com dados do Ministério, esta é a quarta safra consecutiva que o valor disponibilizado pelo governo federal não é consumido integralmente. Somando as sobras do período, mais de R$ 67 bilhões foram deixados de lado pelos agricultores brasileiros. O montante não pode ser remanejado para safra seguinte e, por isso, retorna aos cofres públicos para novas finalidades. A última vez que houve uso integral do volume foi na safra 2007/2008 quando foram disponibilizados R$ 70 bilhões.
Em cima da hora - Apesar de o Ministério prever que o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da safra 2012/13 estará pronto em junho, a publicação deve ocorrer apenas em julho deste ano. Para a Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep), o ideal seria que o programa estivesse à disposição dos agricultores dois meses antes do programado pelo governo. “Em maio facilitaria a tomada de decisão e o planejamento dos agricultores. Em junho correria todas as resoluções e questões burocráticas para em julho o dinheiro estar disponível”, explica.
À disposição - O secretário do Mapa ressalta, porém, que o produtor não precisa esperar a publicação do PAP para tomar crédito. Os interessados já têm à disposição, no próximo mês, algumas linhas de financiamento de pré-custeio da safra 2012/2013. Desde a abertura de contratos há 20 dias, cerca de R$ 26 milhões já foram liberados pelo Banco do Brasil. “A procura está grande, pois o produtor enxerga a necessidade de adiantar o custeio. Nossa expectativa é liberar R$ 500 milhões, 15% mais em relação ao ano anterior”, diz Pablo da Silva Ricoldy, gerente de agronegócio da instituição.
Fonte: Gazeta do Povo
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