A instalação das câmaras, que acontece em reunião-almoço no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, será coordenada pelo governador em exercício Beto Grill, juntamente como secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi. Estarão presentes, ainda, representantes das duas cadeias produtivas e outras autoridades.

As Câmaras Setoriais servem para impulsionar o setor. Na última década, por exemplo, o setor das cervejas artesanais obteve forte ascensão, contando o Rio Grande do Sul, atualmente, com 38 microcervejarias. O setor das Cervejas Artesanais também desenvolve a indústria de equipamentos, distribuição e revenda de bebidas, além da criação de cursos profissionalizantes de técnicos cervejeiros, mestres cervejeiros, beersomelier, entre outras profissionais, constituindo-se numa cadeia econômica.

O estado também tem se destacado no cenário da cachaça artesanal não só pelo volume da produção, mas principalmente pelas iniciativas de melhoria da qualidade e de apresentação dos produtos.

A criação das duas Câmaras reflete o excelente momento dos respectivos setores que, apesar de diferentes, possuem algumas demandas em comum, dentre elas:

A necessidade de um diagnóstico atualizado e preciso das informações das empresas no Estado;

Pleito de redução da carga tributária, onde segundo informações da Associação de Microcervejeiros do Estado do Rio Grande do Sul, o ICMS representa em torno de 50% do valor do produto ao consumidor, uma vez considerados os impostos diretos e indiretos. Somando-se a esse valor os tributos federais, essa monta atinge os 60%. Segundo a Aprodecana, esse valor chega representar 82,5% na cachaça artesanal.

Oliveiras

O Brasil é o segundo maior importador mundial de azeite de Oliva, em que pese o consumo per capita ainda ser muito baixo – em torno de 150 ml /habitante/ano – se comparado com outros locais, como a Europa, onde este número chega a 15 litros/ano. O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional, tendo plantado, nesta safra, 585 hectares, havendo previsão de um incremento, para o próximo ano, de mais 350 hectares, totalizando mais de 900 hectares.

Nas décadas de 50/60 foram feitas tentativas de impulsionar a cultura em solo gaúcho, tendo o Estado criado o ”Serviço Oleícola”, mantendo os Postos de Fomento em Pelotas, Bagé e Uruguaiana. O tema foi retomado em 2001, através do Comitê de Fruticultura da Metade Sul e hoje atinge um bom estágio de desenvolvimento.

Para organizar o setor, a Secretaria da Agricultura está implantando a Câmara Setorial da Olivicultura.