Entidades como a Acrinorte, Rotary Clube, Lions Clube, AENOR, OAB, entre outras, também estão mobilizadas para pressionar o governo e ser criada nova alternativa de transporte de soja, milho, arroz e demais produtos, com menor custo no frete.

Segundo o presidente da Aces, Mauro Muller, o projeto já está sendo trabalhado há três anos e espera ter sucesso no complemento dele. "Já faz três anos que estamos trabalhando nesse projeto, queremos a compreensão do governo para ser construída a eclusa (hidrovia), juntamente com a usina hidrelétrica, porque se deixar para construir depois, será muito mais difícil, gastaria muito mais dinheiro, além de possíveis transtornos. Já fizemos um questionamento com o governo em Brasília em outra oportunidade e agora trouxemos o simpósio para Sinop, para discutirmos juntamente com a população sobre essa construção".

Com a hidrovia, os benefícios serão inúmeros. Na parte ambiental, será reduzido em até 95% em relação a rodovia, os níveis de CO2 (dióxido de carbono), que causa o efeito estufa, além de que menos gases poluentes serão liberados na atmosfera. A parte econômica também será beneficiada pelo fato de que com a construção da hidrovia, será economizado cerca de R$ 2 bilhões que podem ser aproveitados em construções sociais, além dos produtos como alimentos, combustíveis, móveis e eletrodomésticos, ficarem mais baratos. Mais 100 mil empregos serão gerados, sendo 90% dessa mão de obra empregada na região. O trânsito também ficará mais calmo com o tráfego de caminhões sendo reduzido nas estradas.

O Simpósio Hidrovias Norte de Mato Grosso acontece hoje, no auditório do Sindicato Rural, a partir das 18h30 e é realizado pela Aprosoja e Movimento Pró-Logística, com o objetivo de debater a viabilidade socioeconômica da instalação do modal hidroviário na região. A programação segue até às 22h com debates sobre: Hidrovia Téles Pires - Tapajós; visão da CNA sobre as hidrovias e portos do Norte do Brasil; políticas do Ministério dos Transportes para o modal hidroviário; ações do DNIT para o setor hidroviário; políticas e ações da ANEEL no uso múltiplos das águas com foco nos rios Teles Pires e Tapajós e políticas e ações da Agência Nacional de Transporte Aquaviário para hidrovias.