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Presidente da CNA defende que Estados definam a recomposição de APPs na Beira dos Rios

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse que há espaço para buscar mais consenso em alguns pontos da Medida Provisória (MP) 571, que complementa o novo Código Florestal


Publicado em: 19/06/2012 às 12:50hs

Presidente da CNA defende que Estados definam a recomposição de APPs na Beira dos Rios

Ela abordou o tema em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (18/6), ao divulgar documento de posicionamento do setor agropecuário para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20. “A partir do momento em que a presidente Dilma Rousseff manda uma MP ao Legislativo, é natural que ela espere mudanças, o que significa que o debate não acabou. Por isso, vamos procurar um consenso maior no texto”, disse. Avaliou que a questão central nas discussões sobre o texto no Congresso Nacional deve ficar em torno da recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens dos rios. Neste contexto, ela defendeu que, no caso das áreas de produção localizadas em APPs, a decisão seja tomada pelos Estados.

“O grande dilema é o quanto vamos preservar nas margens dos rios, quanto deve ser recuperado e como será a vida das pessoas após a recuperação. Deveríamos fazer uma análise de cada caso, cada peculiaridade, para avaliar o quanto deve ser recuperado e por isso a decisão deve ser remetida aos Estados”, ponderou a presidente da CNA. Na sua avaliação, os Estados adotariam um procedimento mais prático na hora de definir as metragens, além de dar tratamento diferenciado para o pequeno e o médio produtor rural, avaliando as particularidades das regiões. “Não seria uma questão de má fé, mas uma questão de justiça com o produtor e o próprio meio ambiente”, completou a senadora.

A presidente da CNA destacou, ainda, o papel do produtor rural para desenvolver uma atividade rural sustentável. Segundo ela, o setor já desenvolve práticas que contribuem para a emissão de menos Gases de Efeito Estufa (GEEs), além de técnicas inovadoras e voltadas à agricultura de baixo carbono, que contribuíram para que o Brasil se destacasse no cenário mundial na produção de alimentos baratos, de qualidade e sustentáveis. “Além de aumentar a produtividade, estas técnicas trazem melhorias na questão ambiental, porque o produtor rural sabe da importância de se ter uma mata ciliar e um solo bem conservado. Uma área degradada faz o produtor perder dinheiro e não é isso que ele quer”, acrescentou. Ela informou, ainda, que hoje há linhas de financiamento para o produtor implantar práticas sustentáveis na propriedade e que os pequenos e médios produtores devem ser inseridos neste processo.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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