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Presidente da CNA apresenta, em São Paulo, ações sustentáveis que setor agropecuário levará para RIO+20

As iniciativas desenvolvidas pela CNA e pela Embrapa no âmbito do Projeto Biomas, as ações sustentáveis voltadas para o setor agropecuário, a proposta de criação de um conceito mundial de Área de Preservação Permanente (APP) nas margens dos rios e uma política de governança climática que garanta a comercialização de créditos de carbono oriundos da atividade rura


Publicado em: 05/06/2012 às 08:20hs

Presidente da CNA apresenta, em São Paulo, ações sustentáveis que setor agropecuário levará para RIO+20

Essas são as principais iniciativas que serão apresentadas pela presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece entre os dias 13 e 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro. “Vamos mostrar que o Brasil tem a maior e a melhor agropecuária do planeta, produzindo em 27% do território nacional e preservando 61% dos biomas”, afirmou.

Em São Paulo, onde inaugurou o Espaço CNA, na sede da Sociedade Rural Brasileira (SRB), a senadora lembrou que o desmatamento está em queda e que o Brasil atingirá, muito antes do previsto, a meta de redução do desmatamento assumida pelo País em Copenhague, na Dinamarca, em 2009. Na época, o Brasil comprometeu-se a reduzir para 5,4 mil quilômetros quadrados o desmatamento até 2020. Em 2010, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento foi de 6.600 quilômetros quadrados. “O Brasil cumpriu 80% da meta muito antes de 2020”, afirmou.

A queda do desmatamento e as várias iniciativas sustentáveis desenvolvidas pelos produtores brasileiros dão ao Brasil autoridade moral para discutir questões ambientais na Rio+20, segundo a presidente da CNA. Acrescentou que os produtores rurais são os principais interessados na preservação de suas propriedades. “Fazenda degradada reduz produtividade, renda e lucro. A preservação faz bem ao patrimônio do produtor”, afirmou a presidente da CNA. Como uma das práticas sustentáveis típicas do Brasil, citou o plantio direto, que evita a aração da terra, evitando, assim, a perda de CO2. De acordo com a presidente da CNA, 25 milhões de hectares são cultivados no Brasil a partir do sistema do plantio direto. Defendeu, também, o plantio de florestas e os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta.

 APP  - Como parte da programação do AgroBrasil, espaço que será ocupado pela CNA no Píer Mauá, será realizado um debate com cientistas para viabilizar a definição de um conceito de APP mundial. Já confirmaram participação neste debate oito cientistas do mundo todo. Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e da Agência Nacional de Águas (ANA) também participarão desta discussão. “As pessoas discutem questões relacionadas ao acesso à água, mas ninguém debate a necessidade de preservação da fonte da água. Sobre esse tema, a ideia é debater o conceito e não a questão das metragens”, afirmou. 

Código Florestal
 – A presidente da CNA também comentou sobre os vetos da Presidência da República ao projeto do Código Florestal. Para suprir as lacunas jurídicas resultantes dos vetos, o Governo federal editou uma Medida Provisória (MP), já em tramitação na Câmara dos Deputados. Para a senadora Kátia Abreu, a tramitação da MP é “uma oportunidade de encontrar consensos”. Para ela, o ideal seria que os Estados, por meio de seus órgãos ambientais, pudessem definir as metragens das APPs. Também comentou que o conceito de veredas adotado na nova lei vai impedir a produção agrícola em áreas irrigadas. Hoje, essa produção é desenvolvida em 5 milhões de hectares e há potencial, segundo a presidente da CNA, para desenvolvê-la em outros 24 milhões de hectares, o que será inviabilizado se a regra for mantida.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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