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Plano Safra contempla movimentos sociais

Agricultores e agricultoras familiares de todos os movimentos sociais do Brasil terão um reforço a partir de agora


Publicado em: 07/06/2013 às 11:10hs

Plano Safra contempla movimentos sociais

Durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, anunciou, nessa quinta-feira (06), um aumento nos investimentos para o segmento de cooperativas e associações e uma maior participação na execução das políticas públicas para os produtores rurais.

Nos últimos dez anos, a agricultura familiar cresceu 52%, permitindo que mais de 3,7 milhões de pessoas ascendesse para a classe média. Pepe Vargas acredita que o Plano Safra tem uma grande influência nesse crescimento. “Durante a vigência desse Plano, queremos que os agricultores familiares tenham mais capacidade de investimento e capacitação tecnológica, para que possam produzir cada vez mais alimentos e alimentos de qualidade”, disse.

Pepe acrescentou que a participação dos movimentos sociais é essencial nesse processo. “Os movimentos são muito importantes no diálogo com o governo.” O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, elogiou o Plano para essa safra, afirmando ser o maior da história. “Não é o maior só pelo volume de recursos, mas pela articulação de políticas agrícolas. A agricultura familiar necessita de articulação de políticas públicas”, analisou.

Movimentos sociais

O casal de agricultores paranaenses Adelmo e Maria Salete Escher, membros da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar – Sul (Fetraf-Sul), acredita que, com os recursos disponibilizados na safra 2013/2014, as coisas vão melhorar na propriedade deles, em Campo Magro (PR). “Os recursos vão nos ajudar a construir a agroindústria e na comercialização, vamos conseguir vender mais”, disse Salete.

Eles acessam diversas linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e participam dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (Pnae). Adelmo e Maria Salete são responsáveis pela produção de pães, molhos, geleias, hortaliças, leite e derivados. “Esperamos que esses investimentos ajudem na desburocratização, porque isso facilitaria a execução de projetos específicos”, apontou o agricultor.

A assentada da reforma agrária Maria de Fátima Ferreira, da Contag, pretende recorrer aos recursos disponíveis. Morando em um assentamento recém-formado em Paracatu (MG), a agricultora conta que ela e os outros 70 assentados ainda sofrem com a falta de estrutura. “Quero ter acesso aos programas que possam nos beneficiar, como o PAA, o Pnae e o Pronaf, que podem nos ajudar na estrutura do assentamento”, listou. Por enquanto, o assentamento é responsável pela produção de grãos e leite, mas pretende aumentar esse número. “A esperança é grande”, enfatizou Maria de Fátima.

Fonte: MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário

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